A comissão parlamentar britânica de Digital, Media e Desporto divulgou 250 documentos confidenciais do Facebook, segundo os quais, a empresa que gere a mais popular rede social do mundo terá facultado acesso preferencial a dados privados dos seus utilizadores a operadores como a Netflix, o Airbnb e a Lyft, uma empresa similar à plataforma de transportes Uber.
Os documentos revelados pela comissão de parlamentares britânicos incluem trocas de e-mails entre executivos da empresa e, segundo escreve o jornal norte-americano The New York Times, lançam luz sobre o funcionamento interno do Facebook entre 2012 a 2015, período de enorme popularidade e crescimento da rede social.
Necessitamos mais debate público sobre os direitos dos utilizadores das redes sociais e das empresas mais pequenas que precisam de trabalhar com os gigantes da tecnologia. Espero que a nossa investigação da comissão possa defendê-los", escreveu ainda o deputado.
We need a more public debate about the rights of social media users and the smaller businesses who are required to work with the tech giants. I hope that our committee investigation can stand up for them.https://t.co/GRtQ5oMdvn
— Damian Collins (@DamianCollins) 5 de dezembro de 2018
Em resposta, através de um comunicado, o Facebook referiu que a documentação divulgada "só mostra parte da história e é apresentada de uma forma enganadora, sem contexto adicional".
Como em qualquer negócio, tivemos muitas conversas internas sobre como podíamos construir um modelo sustentável para a nossa plataforma", sustenta a empresa que gere a rede social, jurando que "nunca vendeu" os dados dos utilizadores.