Sonda espacial europeia tem «encontro» marcado com cometa - TVI

Sonda espacial europeia tem «encontro» marcado com cometa

Chuva de estrelas (Lusa)

«Rosetta» tem «encontro marcado» com o cometa 67/P Churyumov-Gerasimenko, na quarta-feira

Relacionados
A sonda espacial europeia «Rosetta» tem «encontro marcado» com o cometa 67/P Churyumov-Gerasimenko, na quarta-feira, o que poderá ser a primeira vez na História que uma sonda alinha a sua rota com a de um cometa.

O objetivo da missão, anunciou a Agência Espacial Europeia (ESA) em comunicado, é conhecer a origem do sistema solar através dos elementos constituintes dos cometas.

A ESA pretende saber se os cometas possuem as bases moleculares orgânicas - como a molécula H2O, responsável pela existência de água na Terra - fundamentais à existência de vida, e porque é que os cometas, ao contrário dos planetas, «não evoluíram desde o começo do Universo».

Centro Ciência Viva de Constância acompanha encontro

O Centro de Ciência Viva (CCV) de Constância, Parque de Astronomia, vai acompanhar na quarta-feira, em direto, a aproximação da sonda Rosetta ao cometa 67P / Churyumov-Gerasimenko, anunciou, enretanto, o diretor da instituição.

Em declarações à agência Lusa, o astrónomo Máximo Ferreira disse que a sonda Rosetta, «depois de uma viagem de dez anos pelo Sistema Solar, vai chegar na quarta-feira perto do cometa para poder criar um mapa detalhado da sua superfície», um dos passos da preparação para a acoplagem da sonda Philae, prevista para novembro.

«A sonda irá circular continuamente o cometa a uma distância de apenas 100 quilómetro do seu núcleo, sendo que o objetivo é poder estudar a sua composição e como a sua massa se comporta com o aquecimento solar, em termos, também, de oscilações da sua órbita», disse Máximo Ferreira".

Para novembro está prevista a acoplagem da sonda Philae, «um pequeno módulo com equipamento de estudo que se vai fixar ao cometa, medindo à superfície os gases, temperaturas e composição», contou.

O cometa, «em forma de batata e com cerca de 4 a 5 quilómetros de tamanho», estará a cerca de 200 milhões de quilómetros da Terra e «não representa perigo para a vida», destacou o astrónomo.

«Este cometa anda meio escondido, demora cerca de seis anos e meio a dar a volta ao Sol, e o principal objetivo é precisamente ter mais conhecimentos científicos acerca da sua constituição. Sabendo mais sobre este corpo celeste, saberemos também mais sobre os outros cometas», realçou.

A Rosetta tem câmaras acopladas que vão filmar todo o processo e, em simultâneo com o encontro da sonda com o cometa, o Centro Ciência Viva de Constância vai fazer a ligação em direto à Agência Espacial Europeia, entre as 10:15 e as 11:00, para acompanhar este momento através de ecrãs disponibilizados para o efeito.

Em simultâneo com o encontro da sonda com o cometa, que pode também ser visualizado no Planetário de Lisboa, o Centro Ciência Viva de Constância vai promover uma atividade prática relacionada com a constituição dos cometas e as suas viagens pelo interior do Sistema Solar.
Continue a ler esta notícia

Relacionados

EM DESTAQUE