A prisão britânica Les Nicolles, em Guernsey (uma ilha no Canal da Mancha que depende da coroa britânica), tornou-se no primeiro estabelecimento prisional a utilizar um novo dispositivo para combater o uso de drones para contrabando, uma vez que cria uma espécie de “escudo protetor” à volta das prisões que impede os drones de sobrevoarem num raio de 600 metros.
O dispositivo, chamado Sky Fence, foi desenvolvido no Reino Unido e estreado na prisão Les Nicolles, onde serão instalados cerca de 20 dispositivos no interior e à volta da mesma. o aparelho usa uma série de sensores que detetam os drones e bloqueiam a sua frequência, desativando-os e enviando-os de volta para o local de origem.
Os drones tornaram-se num grande problema de segurança para as prisões da Grã-Bretanha e estão a ser cada vez mais usados para o contrabando de armas, drogas, telefones e outros objetos de valor.
O diretor prisional David Mattews afirmou: “É a primeira vez, no mundo inteiro, que esta tecnologia é usada num estabelecimento prisional. Gostava de ver este dispositivo ser adotado em outras outras prisões no Reino Unido, porque os drones tornaram-se num problema significativo”.
O Sky Fence foi criado por duas empresas britânicas, a Drone Defense e a Eclipse Digital Solutions, e segundo Richard Gill, fundador e CEO da Drone Defense,“alguém descreveu este objeto como a peça final do quebra-cabeças para a segurança de uma prisão. Acho que isto poderia ter um impacto mundial significativo”.
De acordo com Gill, esta tecnologia é perfeitamente segura e não danifica os drones. Instalar o dispositivo é relativamente barato e o preço pode variar entre os 120 euros e os 290 euros.
O sistema instalado em Guernsey faz parte de uma atualização de segurança de 1,7 milhões de libras e também inclui câmeras novas, um novo sistema de iluminação e novos alarmes, que estarão ativos a partir de junho.
Mary Lowe, a vice-presidente dos Assuntos Internos de Guernsey, afirmou que a introdução desta tecnologia foi “um momento emocionante”, e acrescenta: “Aqui temos Guernsey a liderar o caminho no mundo”.