Barcelona cancela maior feira mundial de telecomunicações devido ao coronavírus - TVI

Barcelona cancela maior feira mundial de telecomunicações devido ao coronavírus

Anúncio surgiu depois de várias empresas terem revelado que não iriam marcar presença no evento para não colocar em causa a saúde dos empregados, colaborados e clientes

A Mobile World Congress (MWC), que iria começar daqui a duas semanas em Barcelona, foi esta quarta-feira cancelada devido ao coronavírus.

De acordo com o La Vanguardia, a organizadora GSMA realizou várias reuniões de emergência, ao longo desta semana, com todas as instituições envolvidas para decidirem se suspendiam ou não o evento. Em causa, está o facto de várias dessas empresas terem anunciado que não iriam marcar presença por medo da propagação do novo coronavírus, uma vez que não queriam prejudicar a saúde dos empregados, colaborados e clientes.

Da lista das gigantes tecnológicas que já tinham anunciado que iam desistir do evento estão nomes como a Nokia, Facebook, Deutsche Telekom, Intel, McAfee, Ericsson, Amazon, LG e Sony. 

A decisão final foi tomada pelas quatro principais operadoras europeia: Vodafone, BT, Orange e Telefónica.

Ao início da tarde, a imprensa espanhola avançou que a associação organizadora tinha decidido, em reunião extraordinária, avançar com a realização do certame, porém, algumas horas depois, acabou por recuar na sua decisão.

A Mobile World Congress, considerada a maior feira de telecomunicações móveis do mundo, ia decorrer entre os dias 24 e 27 deste mês e eram esperados cerca de 100 mil visitantes de 200 países. O cancelamento surge como tentativa de pressionar o governo espanhol a declarar emergência de saúde.

O número de mortos na China continental devido ao Covid-19 aumentou para 1.113, anunciou esta quarta-feira a Comissão Nacional de Saúde chinesa. O número total de casos confirmados é de 44.653, dos quais 2.015 foram confirmados nas últimas 24 horas em território continental chinês.

As autoridades chinesas acrescentaram ainda que 451.462 pacientes foram acompanhados por terem tido contacto próximo com os infetados, dos quais 185.037 ainda estão sob observação.

O balanço ultrapassa o da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês), que entre 2002 e 2003 causou a morte a 774 pessoas em todo o mundo, a maioria das quais na China, mas a taxa de mortalidade permanece inferior.

O novo vírus, que provocou um morto em Hong Kong e outro nas Filipinas, afeta também o território de Macau (com oito infetados) e mais de duas dezenas de países, onde os casos de contágio superam os 350.

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