Mão robótica de Luke Skywalker inspirou cientista a criar próteses - TVI

Mão robótica de Luke Skywalker inspirou cientista a criar próteses

  • ML
  • 22 mar 2018, 19:55
Prótese de mão do Star wars

Professor de biotecnologia da Universidade de Singapura estima que a pesquisa em pele eletrónica para próteses vai ser publicada no início de 2019

A prótese de Luke Skywalker do filme Star Wars - O Império Contra-Ataca serviu de inspiração a Benjamin Tee, professor de biotecnologia da Universidade de Singapura, a criar essa prótese na realidade. Uma prótese que permita que as pessoas tenham sensações.

Tinha apenas sete anos na altura em que o filme foi exibido, mas Tee, agora com 35, logo prestou atenção a uma das cenas finais quando Skywalker recebe uma prótese que, do lado de fora, parecia uma mão humana, mas por dentro era alimentada com circuitos elétricos.

A cena ficou na minha cabeça por tantos anos", contou o investigador à CNN.

O professor de biotecnologia, que estuda também a ligação entre humanos e máquinas, explicou que as próteses de hoje estão bastante desenvolvidas, mas a criação de membros - mãos e pés -, que permitam ter as sensações apuradas, é um desafio permanente.

Falámos com pessoas que infelizmente perderam as mãos e que, quando usam uma prótese normal, não conseguem sentir, o que afeta suas atividades diárias".

Quis mudar o estado de coisas, mas não tem sido um processo fácil. A investigar sobre o tema há mais de 10 anos, Benjamin descreve a recriação da pele como um "problema multidisciplinar" que tem trabalhado com a equipa do TEE Research Group.

É importante perceber que a pele é o maior órgão do corpo e desempenha um papel importante na forma como reagimos aos objetos. é através dela que sentimos a textura e a temperatura das coisas. Daí que o próximo objetivo de Tee sejaé conseguir criar uma "prótese" de pele.

As experiências que desenvolveu na última década vão nesse sentido. Ele e a sua equipa sentem-se preparados para divulgar ao mundo o que o professor descreve como "a pele eletrónica mais avançada".

Aponta já o início de 2019 como data provável para publicação da investigação. 

Os cientistas que têm trabalhado na área têm dado muitas pistas que ajudam a esta investigação. Tee, ele próprio, é co-autor de um artigo publicado em 2010, sobre sensores de pressão flexíveis em borracha microestruturada. Logo no ano seguinte, foi autor de um artigo sobre sensores semelhantes a pele feitos de nanotubos de carbono.

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