A exposição às ondas eletromagnéticas emitidas por telemóveis e outros aparelhos podem causar alterações biológicas no organismo, mas os dados científicos disponíveis não mostram «efeitos comprovados» sobre a saúde, concluiu a agência sanitária francesa (Anses).
De acordo com o relatório publicado esta terça-feira, «não existem provas de efeitos sobre a saúde» devido à exposição às ondas eletromagnéticas dos telemóveis e outros aparelhos, mas sim «indícios de efeitos biológicos diversificados».
O estudo revela que um efeito biológico é uma modificação do organismo sem ser necessariamente uma doença e aponta como exemplos de efeitos biológicos comuns a dilatação das pupilas com a luz ou a mudança de cor da pele após a exposição ao sol.
O relatório sublinha que continua também por demonstrar a relação de causalidade entre a exposição intensiva a estas ondas e um risco acrescido de tumores cerebrais, uma hipótese sustentada por alguns estudos publicados desde 2009.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) tinha alertado em maio de 2011 que o uso de telemóveis deveria ser considerado como algo de «potencialmente cancerígeno para o homem».
Apesar de os efeitos sobre a saúde não estarem comprovados, a Anses recomenda a redução da exposição às ondas, em particular dos telemóveis, sobretudo por crianças e utilizadores intensivos.
As novas tecnologias são suscetíveis de aumentar a exposição da população geral, através das novas antenas, ou dos utilizadores, através dos novos equipamentos (smartphones, tabletes, etc).
Para Dominique Gombert, diretor de avaliação de riscos da Anses, um utilizador é considerado intensivo a partir de quarenta minutos de utilização quotidiana.
Efeitos negativos das ondas de telemóveis continuam por comprovar
- Redação
- 15 out 2013, 14:38
Novas tecnologias poderão aumentar a exposição da população à este tipo de ondas. A exposição pode causar alterações biológicas no organismo, mas os dados científicos disponíveis não mostram «efeitos comprovados» sobre a saúde
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