A Kodak teve um reator nuclear para investigação na sua sede, em Rochester, nos EUA, durante mais de trinta anos.
De acordo com o jornal local «Democrat and Chromicle», apesar deste não ser um segredo de estado, era algo tratado de forma muito discreta por parte da empresa.
O reator, com o tamanho de um frigorífico, começou a funcionar em 1974, num dos edifícios do complexo, alojado bunker de alta segurança.
Só em 2007, é que o urânio - cerca de um quilo e meio altamente enriquecido - foi transferido para a Carolina do Sul, para instalações governamentais.
O jornal assinala que todas estas operações foram feitas sem conhecimento da comunidade local e que apesar de não ser propriamente desconhecido que a Kodak possuía um reator, a sua localização precisa não era conhecida.
«Era uma entidade conhecida, mas não muito publicitada», disse ao jornal Albert Filo, um antigo investigador, que trabalhou durante 20 anos com o reator.
O porta-voz da Kodak Christopher Veronda salientou que ao longo das últimas décadas a empresa nunca se referiu publicamente a estas instalações e nem sequer soube explicar se as autoridades locais, entre elas a polícia e os bombeiros, haviam sido informadas delas.
O «Democrat and Chronicle» explica que só teve conhecimento do aparelho depois de um empregado da empresa ter mencionado a sua existência em conversa com o jornalista do jornal.
O californium neutron flux multiplier, como era conhecido, era usado para verificação de impurezas em químicos e noutros materiais, assim como para testes relacionados com radiografias de neutrões e técnicas de imagiologia.
Kodak teve reator nuclear durante mais de 30 anos
- Redação
- 14 mai 2012, 19:55
Notícia avançada por um jornal local de Rochester, nos EUA
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