Os unicórnios existiram, garantem os cientistas - TVI

Os unicórnios existiram, garantem os cientistas

"Unicórnio da Sibéria" ou Elasmotherium Sibiricum

Paleontólogos identificaram rinoceronte siberiano com um chifre que inspirou os mitos. Novo estudo mostra que a espécie andou pela Terra e se extinguiu há muito menos tempo do que se pensava

Os cientistas podem ter identificado a criatura que inspirou os mitos sobre unicórnios. Aparentemente, trata-se de um rinoceronte de dois metros de altura, com um enorme chifre. Durante muito tempo, os paleontólogos acreditaram que o rinoceronte siberiano, conhecido como “unicórnio da Sibéria” e cujo nome cientifíco é Elasmotherium sibiricum, tinha sido extinto há 350 mil anos. Mas um crânio fossilizado, encontrado recentemente no Cazaquistão, revela que essas criaturas existiram há 29 mil anos, ou seja há muito menos tempo do que se pensava. 

De acordo com a CNN, a descoberta foi divulgada num estudo publicado no American Journal of Applied Sciences. O unicórnio em questão é mais parecido com um rinoceronte com um chifre na testa do que com o cavalo místico que povoa os contos de fadas. De acordo com os investigadores, o animal tinha cerca de dois metros de altura, quatro de comprimento e chegava a pesar até quatro toneladas. E, apesar do tamanho e do peso, é bem provável que fosse herbívoro. 

Os paleontólogos analisaram o crânio encontrado em Pavlodar, na região de Priirtysh, no Cazaquistão, com a técnica de datação por radiocarbono, por meio da qual é possível determinar a idade de materiais até 60 mil anos. Desta forma descobriram que o animal ao qual o crânio pertenceu morreu há cerca de 29 mil anos e provavelmente era um macho de idade avançada.

Mas persiste o mistério sobre a razão pela qual esses unicórnios sobreviveram durante tanto tempo. Os cientistas acreditam que foi por conta da migração.

"Provavelmente o sul da Sibéria foi um refúgio onde esse rinoceronte perseverou por mais tempo em comparação com o resto da espécie", diz Andrey Shpanski, paleontólogo da Universidade de Tomsk State, na Rússia, que publicou os resultados do estudo.

A equipa de cientistas vai continuar a analisar os dados relacionados com os "unicórnios siberianos", focando-se nas condições ambientais e geológicas em que a espécie vivia.

"Entender o passado permite-nos fazer previsões mais precisas sobre processos naturais do futuro", afirma Andrey Shpanski, citado pela CNN.

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