Uma jovem francesa de 19 anos suicidou-se enquanto se filmava em direto no Periscope, uma aplicação utilizada para live streaming, isto é, para partilhar imagens no momento em que estão a acontecer. Mais de dois mil seguidores assistiram e as imagens causaram polémica.
Horas antes, a jovem terá preparado o ato, anunciando os seus seguidores que iria fazer um vídeo ao vivo. Foi um dos utilizadores do Periscope que, ao assistir ao vídeo, alertou a polícia.
Fomos avisados por um utilizador do Periscope (...), que nos disse que [a vítima] não estava bem", disse um agente à AFP.
O caso não é novo e por isso relançou o debate sobre os live streamings.
Um porta-voz do Twitter, que comprou o Periscope em 2015, recusou-se a comentar o caso, adiantando que a empresa não comenta nada sobre as contas individuais dos seus utilizadores.
O vídeo foi entretanto retirado do Periscope.
Segundo explicou o analista Thomas Husson ao The Times, é difícil prevenir as pessoas para o uso das aplicações de live streaming como o Periscope, seja para partilhar coisas boas ou más das suas vidas mais íntimas.
É difícil evitar estas situações", afirmou. "Vivemos numa ditadura do tempo real".
De acordo com a aplicação, os utilizadores do Periscope partilham mais de 350.000 horas de vídeo por dia.
Uma outra polémica aconteceu em outubro, quando uma mulher partilhou um vídeo no Periscope enquanto conduzia embriagada.