Um novo ataque informático à escala global poderá estar a caminho. O aviso foi feito por uma empresa global de cibersegurança à AFP, esta quarta-feira.
Este novo ataque, através do vírus Adylkuzz, deverá explorar as mesmas vulnerabilidades que o vírus WannaCry, que afetou 150 países nos últimos dias.
O vírus Adylkuzz “utiliza com mais discrição e para diferentes propósitos ferramentas de pirataria recentemente reveladas pela NSA (Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos) e explora as vulnerabilidades já corrigidas pela Microsoft”, explicou Nicolas Godier, especialista em cibersegurança da empresa Proofpoint.
"Como é silencioso e não incomoda o utilizador, o vírus Adylkuzz é muito mais rentável para os cibercriminosos, que transformam os utilizadores infetados em apoiantes financeiros inconscientes dos seus atacantes", disse Godier.
O vírus cria unidades de moeda virtual, chamada Monero e comparável ao bitcoin, para que, desta forma, os dados que permitirem utilizar este dinheiro sejam extraídos e enviados para endereços criptografados.
“Os sinais do ataque incluem sobretudo uma performance mais lenta do aparelho", afirma a Proofpoint. Além da rapidez, os utilizadores irão perder acesso a recursos partilhados pelo Windows.
A empresa já consegui detetar alguns computadores que, sem conhecimento dos seus utilizadores, efetuaram pagamentos na moeda aos criadores do vírus.
Os especialistas pensam que o vírus Adylkuzz já esteja a afetar computadores desde 2 de maio.
O ataque através do vírus WannaCry tem provocado estragos em sistemas de computadores em todo o mundo.
Este vírus propaga-se através de uma vulnerabilidade do sistema operativo da Microsoft, detetada pela Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos, cujos dados foram roubados em abril por piratas informáticos.
O vírus limita ou impede os utilizadores o acesso ao computador ou a ficheiros, exigindo ao proprietário um pagamento em troca de um código para resolver o problema.
O ataque afetou mais de 300.000 computadores em 150 países e foi de "um nível sem precedentes", admitiu a Europol.