Adeus à Web Summit com Marcelo em palco a pedir mais - TVI

Adeus à Web Summit com Marcelo em palco a pedir mais

  • CLC
  • 9 nov 2017, 17:55

Presidente da República e primeiro-ministro apelam ao regresso da cimeira nos próximos anos

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa manifestou hoje a sua preocupação com a existência de “demasiados políticos” que “negam a realidade” relativamente às alterações climáticas, salientando que Portugal permanece fiel aos Acordos de Paris.

“Estou preocupado com muitos políticos, demasiados decisores que negam a realidade, negam as alterações climáticas. Portugal continua empenhado nos Acordos de Paris. Mas muitos políticos não estão a atender a esta revolução. Sou professor de Direito e posso dizer que o Direito e a política estão muito atrás da ciência, tecnologia, economia e finanças”, disse, no palco central da Web Summit, que hoje terminou em Lisboa.

Na sua curta intervenção, o chefe do Estado agradeceu aos participantes na cimeira sobre tecnologia, mas também aos “milhares espalhados pelo mundo” que se dedicam a este tema, a “revolução científica e tecnológica” que estão a protagonizar.

“Vocês estão a fazer uma. Vocês são os transformadores porque estão a mudar o mundo. Estão a mudar a sociedade, economias, cultura e a forma de viver”, salientou.

Marcelo Rebelo de Sousa afirmou-se ainda “orgulhoso de Portugal e dos portugueses”, que “ está a mudar” aceleradamente.

“Portugal tem feito uma mudança nos centros de investigação e nas universidades, nas redes internacionais. Temos alguns dos melhores cientistas. Isto é uma ocasião de um salto para a frente também neste domínio”, afirmou, já à saída do Pavilhão Atlântico, onde decorreu a cimeira.

O Presidente da República manifestou ainda o desejo de que, não apenas no próximo ano, mas “nos próximos”, Portugal volte a ser o anfitrião do importante evento de tecnologia que hoje se encerra.

Também o primeiro-ministro manifestou-se hoje "otimista" sobre a continuidade da Web Summit em Portugal, defendendo tratar-se de um grande ativo para o país, sobretudo em matéria de projeção externa e de abertura de novas oportunidades de negócios.

António Costa falava aos jornalistas antes da sessão de encerramento da Web Summit, no Parque das Nações, em Lisboa, depois de ter estado cerca de 30 minutos reunido com o antigo vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore.

Para o primeiro-ministro, "ninguém tem dúvidas sobre a utilidade" da realização da Web Summit em Portugal, "não só por aquilo que representa nesta semana, mas, sobretudo, por tudo aquilo que deixa em termos de inspiração e do que ajuda na projeção da imagem do país em todo o mundo".

"Ajuda muito no que representa em matéria de abertura de oportunidades para as empresas portuguesas e ajuda ainda a consolidar uma trajetória em que grandes empresas internacionais na área das novas tecnologias e da engenharia têm vindo a escolher Portugal como local para a instalação de centros de desenvolvimento de serviços", disse.

Neste ponto, António Costa apontou então como exemplos apostas de empresas internacionais dos ramos da indústria automóvel, das comunicações ou da prestação de serviços.

"A Web Summit é um grande ativo e deve ser conservado. Estou otimista sobre isso", salientou.

Interrogado sobre se a Web Summit se pode conservar em Portugal para além de 2018, António Costa respondeu: "Bom, conservar para lá do sempre".

"Enfim, as decisões têm de ser tomadas por Paddy Cosgrave e a sua equipa. A relação é excelente e acho que este ano correu ainda melhor do que em 2016", disse.

Costa manifestou-se depois certo que em 2018 a Web Summit "correrá ainda melhor do que este ano".

"Conforme for correndo melhor, todos vamos ganhando mais confiança para que se possa continuar", acrescentou o primeiro-ministro.

A Web Summit terminou hoje em Lisboa.

 

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