Ministro não sabe quanto vai custar a nacionalização do BPN - TVI

Ministro não sabe quanto vai custar a nacionalização do BPN

Teixeira dos Santos

Teixeira dos Santos não tem previsão exacta sobre custos do processo decidido há um ano

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O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, admitiu esta sexta-feira que não tem uma previsão exacta sobre os custos que o Estado terá com a nacionalização do BPN, dizendo que qualquer estimativa não passaria de um palpite.

«Não estou em condições de dizer quanto vai custar a nacionalização do BPN», disse o ministro, quando questionado pela oposição sobre os custos do processo decidido há um ano.

O ministro apontou para as imparidades do BPN que «não são recuperáveis num horizonte temporal que possibilite previsões», pelo que salientou que «qualquer número não seria mais do que uma wild guess».

Situação líquida negativa do banco pode agravar-se com subida dos prejuízos

Teixeira dos Santos revelou que a situação líquida negativa do BPN, que poderá chegar actualmente aos dois mil milhões de euros, pode agravar-se face ao acumular de prejuízos do banco. «A situação líquida negativa (diferença entre o activo e o passivo) andará entre os 1,8 mil milhões de euros e os dois mil milhões de euros, mas face aos prejuízos que o BPN tem acumulado pode agravar-se», admitiu o ministro, recordando que o banco nacionalizado registou perdas no final do primeiro semestre.

O governante salientou que o Governo vai aguardar pelas novas avaliações - que serão feitas após a publicação do decreto-lei da privatização no Diário da República - para ter informações mais actualizadas sobre a situação líquida do BPN.

BPN pode ir para mãos estrangeiras

Ao mesmo tempo, Faria de Oliveira, presidente da Caixa Geral de Depósitos, falava aos jornalistas sobre o futuro do banco, garantindo que «há condições para vender».

«Há muitas vantagens em comprar. O BPN tem uma rede de cerca de 200 balcões o que é positivo para reforçar a posição em Portugal», disse o banqueiro, à margem de um encontro promovido pela Associação de Comércio de Lisboa.

Já sobre a nacionalidade de um possível comprador, Faria de Oliveira disse: «Estou a pensar em bancos estrangeiros».
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