A Quercus anunciou esta quarta-feira que vai apresentar queixa à Comissão Europeia devido à decisão de avançar com a Terceira Travessia sobre o Tejo e criticou o Governo por «insistir num erro» ao estimular a entrada de carros em Lisboa.
A Declaração de Impacte Ambiental favorável condicionada, emitida pelo ministério do Ambiente, dá «luz verde» ao projecto, mas os ambientalistas não poupam críticas à decisão que «implica o incumprimento de legislação comunitária», escreve a Lusa.
«Luz verde» para a Terceira Travessia sobre o Tejo
A Quercus alega que ao incluir a componente rodoviária, a Terceira Travessia vai violar as regras comunitárias a nível do ruído e qualidade do ar e põe em causa os objectivos de redução de emissões de gases com efeito de estufa.
«Ao decidir incluir a componente rodoviária o Governo demonstra uma total incoerência e falta de visão estratégica, agindo de forma desconcertada em termos de políticas públicas», questionam os ambientalistas em comunicado, acrescentando que a aposta na rodovia é «um investimento público mal pensado».
A associação ecologista contesta a abertura em simultâneo da componente ferroviária e rodoviária que considera não estimular o uso dos transportes públicos e colocar em risco a viabilidade da exploração da ferrovia e de outros modos de transportes colectivo, como a ligação fluvial ao Barreiro.
A Quercus defende que a Terceira Travessia, que ligará Chelas (Lisboa) ao Barreiro, deve ser construída de forma faseada e dando prioridade à componente ferroviária, admitindo o acesso rodoviário apenas a partir de 2018.
Terceira travessia: Quercus avança com queixa para Bruxelas
- Redação
- CPS
- 25 fev 2009, 15:46
Garantem que é «um investimento público mal pensado»
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