Portugal vai liderar transmissão de dados por telemóvel em 2005 - TVI

Portugal vai liderar transmissão de dados por telemóvel em 2005

Mulher com telemovel

Cerca de 41% dos utilizadores de telefones móveis esperam usar serviços móveis de dados, numa base diária, já a partir do próximo ano, de acordo com o mais recente estudo Mobinet, iniciativa anual da A.T. Kearney e da Universidade de Cambridge.

Neste sentido, ao ser um dos primeiros países europeus a anunciar o lançamento dos serviços 3G, Portugal poderá uma vez mais demonstrar a sua apetência pela inovação. Contudo, preocupações globais com a segurança e privacidade dos dados, entre outras, estão a atrasar o interesse dos consumidores, logo, o retorno para os operadores.

O estudo refere que 41 por cento dos utilizadores de telefones móveis esperam, em 2005, usar regular ou intensivamente serviços de dados como correio electrónico, jogos, downloads de música, MMS (Multimedia Messaging Service) ou serviços de notícias.

A liderar este crescimento estão dois factores. Primeiro, o número de utilizadores com telefones multimédia cresceu para 49 por cento este ano. Segundo, a adopção de serviços-chave passou da fase de experimentação para taxas de penetração acima dos 25 por cento entre os segmentos-alvo dos clientes, o que demonstra que estes novos serviços estão a caminhar para um interesse e aceitação massificados por parte dos consumidores.

Neste sentido, e no que respeita ao nosso país, «ao ser um dos primeiros mercados europeus a anunciar o lançamento dos serviços 3G, Portugal poderá uma vez mais demonstrar a sua apetência pela inovação, reforçando assim a tendência actual de aumento do peso dos serviços de dados», refere João Couto, Principal responsável pela prática de Telecomunicações e Media do escritório de Lisboa da A.T. Kearney.

Contudo, ao mesmo tempo que assistimos a este aumento do peso dos serviços de dados, um número considerável de utilizadores de telefones móveis está a expressar grande preocupação com questões como o preço (citado por 35 por cento dos utilizadores entrevistados), a segurança e privacidade dos dados (de 10 por cento o ano passado para 22 por cento este ano), e a lenta velocidade das redes (18 por cento), questões que têm de ser resolvidas para que o crescente interesse nos serviços de dados se traduza no crescimento dos lucros dos operadores.

Para João Couto, «a indústria deve concentrar esforços para acelerar a utilização de serviços móveis de dados, sendo para tal fundamental apostar em três grandes linhas de acção: (1) acelerar a penetração de telefones móveis multimédia; (2) ultrapassar as principais barreiras na adopção dos serviços, nomeadamente as preocupações ao nível da privacidade, segurança, facilidade de utilização e preços e (3) evoluir a segmentação e ofertas para melhor satisfazer os diferentes perfis de clientes-alvo.»
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