Open da Austrália: Pedro Sousa vigiado «do elevador, até ao court» - TVI

Open da Austrália: Pedro Sousa vigiado «do elevador, até ao court»

Pedro Sousa (Lusa)

Tenista já pode treinar, mas sob rigorosas medidas de vigilância. Frederico Silva continua em isolamento, enquanto João Sousa ainda não viajou por motivos pessoais

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O tenista Pedro Sousa já retomou os treinos com vista ao Open da Austrália, primeiro major da temporada, embora sob um rigoroso controlo da parte da organização, enquanto o compatriota Frederico Silva continua em isolamento num quarto de hotel em Melbourne.

Depois de canceladas as duas primeiras sessões de trabalho em court, primeiro por problemas no sistema de testes à covid-19 e depois nos meios de transporte, Pedro Sousa, número dois português e 107.º do ranking ATP, recebeu autorização para sair da unidade hoteleira onde está instalado e assim poder treinar no exterior, mas sempre acompanhado.

«Já me deixaram sair e já estou a treinar. Tem sido um bocadinho diferente do habitual, mas é o que temos. Vêm-nos buscar ao quarto e somos acompanhados durante as cinco horas em que estamos fora do quarto. É tudo controlado ao milímetro», começa por contar o tenista à Lusa.

Além de ter sempre «alguém a acompanhar desde o quarto até ao elevador, no carro até ao court, onde há sempre pessoas a vigiar», o lisboeta diz que o mesmo sistema de vigilância é aplicado igualmente no ginásio e refeitório.

«Ao fim de cinco horas, regressamos ao quarto de hotel e não saímos mais. A primeira impressão dos treinos é que os courts estão muito rápidos, mas vamos ver nos próximos dias», acrescenta Pedro Sousa, revelando ainda que, «das duas horas a que têm direito, devido a toda a logística», só treinam «uma hora e 45 minutos ou uma hora e meia» por dia.

Já Frederico Silva, por ter viajado num voo onde foi detetado um caso positivo à covid-19, está a cumprir isolamento até ao final do mês num quarto de hotel em Melbourne.

«A organização do torneio continua a falar com as autoridades de saúde locais sobre a possibilidade de se fazer uma bolha, para os jogadores que estão em isolamento, dentro da bolha do torneio, mas ainda não obtiveram nenhuma resposta conclusiva», explica o jogador das Caldas da Rainha.

Depois de ter conquistado pela primeira vez o acesso ao quadro principal de um torneio do Grand Slam, ao vencer os três encontros do qualifying em Doha, o esquerdino (182.º ATP) está impedido de treinar, mas assegura estar, «dentro dos possíveis, a passar bem estes dias», embora não esconda alguma ansiedade.

«Obviamente que estou sempre à espera de novidades que nos permitam sair do quarto, mas, enquanto não sabemos o que vai acontecer, tenho conseguido mentalizar-me que é uma regra do governo australiano e não há muito que se possa fazer. Tenho muita vontade de sair e poder preparar-me para o torneio, mas sei que todos os esforços estão a ser feitos nesse sentido, sem que se ponha em causa a saúde pública», remata o jovem Frederico Silva, de 25 anos.

No Open da Austrália, que tem início marcado para 8 de fevereiro, Portugal terá, pela primeira vez, três representantes no quadro masculino de um major, embora João Sousa ainda não tenha viajado por motivos pessoais.

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