Liga Campeões: Benfica-Leipzig, 1-2 (crónica) - TVI

Liga Campeões: Benfica-Leipzig, 1-2 (crónica)

Werner fez dois furos na manta esticada

Servida por Timo Werner em dose dupla, a eficácia alemã fez a diferença no arranque da Liga dos Campeões. O duelo foi equilibrado, com oportunidades soberanas para ambos os lados, mas o Leipzig revelou-se mais letal no momento em que o jogo ficou mais partido.

Quando esticou a manta em busca da vantagem, o Benfica cedeu espaços ao pragmatismo germânico. Ainda respondeu, mas entra na Liga dos Campeões com uma derrota caseira.

Remetido para a bancada devido a castigo, Bruno Lage reservou três novidades para o onze, em noite de estreia na Liga dos Campeões. Se a titularidade de Jota já era algo expectável, até tendo em conta algumas ideias lançadas no lançamento do encontro, o técnico do Benfica surpreendeu ao lançar Tomás Tavares (estreia absoluta) e Franco Cervi (primeiro jogo da época).

Como o Leipzig abdicou dos três centrais habitualmente utilizados, as duas equipas encaixaram taticamente em 4x4x2, o que contribuiu para um equilíbrio que marcou todo o jogo, mas sobretudo o primeiro tempo.

A prova disso é que ao intervalo a posse de bola era de 50 por cento para cada lado, o número de remates era idêntico (cinco para o Leipzig, menos um para o Benfica), e até a percentagem de eficácia de passe era igual (79 por cento).

Ainda assim é justo dizer que a equipa alemã sempre pareceu mais acutilante em termos ofensivos, e ao minuto 7 até teve logo um golo anulado por fora de jogo de Timo Werner, que tinha servido a finalização de Forsberg.

O mesmo Werner obrigou Vlachodimos a defesa apertada ao minuto 26, e na última ocasião da primeira parte também Poulsen tentou a sorte com um remate de fora da área que saiu ligeiramente ao lado.

Foi também em período de descontos que surgiu a melhor ocasião do Benfica na primeira parte, mas Gulácsi, um dos quatro guarda-redes que o Benfica sondou no verão, mostrou serviço ao negar o golo de cabeça a Raul de Tomas, após livre na esquerda.

Perante um Benfica mais recuado, o Leipzig tentava explorar a largura para criar situações de perigo, ao mesmo tempo que a equipa portuguesa esperava por espaços para sair em transição rápida e explorar a profundidade, algo que não conseguiu assim tantas vezes.

A equipa alemã entrou forte na segunda parte e obrigou logo Vlachodimos a duas intervenções importantes, mas foi quando o ficou partido que o triunfo caiu para o lado visitante.

Pizzi e Raul de Tomás responderam com duas ocasiões cada, mas a manta esticou em demasia e Timo Werner aproveitou para bisar (69 e 79m).

A eficácia falou mais alto, até porque o Benfica teve ocasiões claras para empatar, pelo meio. E se há mérito para Gulácsi na defesa ao livre direto de Grimaldo, ao minuto 71, depois já foi sobretudo o demérito de Cervi a contribuir para a defesa do guarda-redes húngaro (75m).

Rafa e Seferovic ainda saltaram do banco para reduzir a diferença, ao minuto 84, mas o Benfica já não  foi a tempo de evitar a entrada em falso na Liga dos Campeões.

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