Tóquio2020: Rochele Nunes nona em +78kg ao perder no segundo combate - TVI

Tóquio2020: Rochele Nunes nona em +78kg ao perder no segundo combate

Rochele Nunes

Judoca portuguesa eliminada pela cubana Idalys Ortiz, líder mundial e múltipla medalhada em Jogos Olímpicos

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A judoca portuguesa Rochele Nunes terminou  os Jogos Olímpicos Tóquio2020 em nono lugar na categoria de +78 kg, depois de perder com a cubana Idalys Ortiz, no seu segundo combate no Nippon Budokan.

Diante de Ortiz, líder mundial e múltipla medalhada em Jogos Olímpicos, com ouro em Londres2012, prata no Rio2016 e bronze em Pequim2008, Rochele Nunes perdeu já aos 1.58 minutos do golden score, prolongamento do combate, por waza-ari.

Na primeira ronda, a judoca portuguesa, 11.ª do mundo, tinha vencido a porto-riquenha Melissa Mojica, 23.ª, ao pontuar com um waza-ari a cerca de 16 segundos do final.

«É difícil falar, porque não me preparei para o discurso de derrota. A única coisa que me cabe dizer é desculpa. Desculpa a Portugal. Não sei se desiludi, porque dei o meu máximo, mas ao mesmo tempo sei quanto confiaram e investiram em mim. Só posso pedir desculpa, mas estou de consciência limpa, dei o meu melhor», explicou, na zona mista do Nippon Budokan, citada pela agência Lusa.

Para já, não consegue ainda «retirar coisas positivas» da participação nos Jogos, frustrada e «triste» com o resultado, porque «o preço da derrota é alto» e leva até a colocar «em dúvida» tudo o que já conquistou.

Quanto ao combate «decisivo» com Ortiz, vê-o como um de detalhes, na qual a cubana «aproveitou a oportunidade de um erro» para vencer, ficando decidido «por muito pouco».

«Quem está aqui já é o melhor, mas quem sobe ao pódio são os melhores dos melhores. Hoje, não fui eu. Mas tenho de ter orgulho do meu caminho. (...) O judo é injusto porque perdi com uma atleta de ir ao pódio e acho que merecia tanto como ela. Odeio a sensação de voltar com a mala vazia», desabafou.

Reforçando por várias vezes o pedido de desculpa em quem «investiu» e «acreditou» nela, lembrou os sacrifícios até chegar a este nono lugar e a vontade de crescer para novos desafios, ancorado nos exemplos Jorge Fonseca, na quinta-feira medalha de bronze, e em Telma Monteiro, também bronze no Rio2016.

«Peço desculpa por ter falhado aqui, muita gente torcia por mim, e ninguém queria mais do que eu. Saio com a consciência tranquila, mas dói. Quem acompanhou os meus treinos sabe o quanto eu chorava de dor, tudo doía, tive dias em que pensei em desistir, mas voltava, foi uma escolha minha. Não estou a reclamar, mas é difícil», afirmou.

Para a frente, quer «descansar e reprogramar», até porque depois de fechar este capítulo fica «já a pensar em Paris2024», tendo «muito incentivo» e vontade de melhorar o seu judo para voltar à discussão.

Rochele Nunes era a última judoca lusa em prova, numa participação que teve no bronze de Jorge Fonseca o ponto mais alto, seguido do quinto lugar de Catarina Costa.

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