Hélder Postiga: «Errei ao voltar ao FC Porto» - TVI

Hélder Postiga: «Errei ao voltar ao FC Porto»

Hélder Postiga

Ex-jogador recordou a ida para o Tottenham e a panenka no Euro2004: Tinha a moral nas nuvens»

Relacionados

Hélder Postiga recordou a ida para o Tottenham, em 2003, e o regresso ao FC Porto depois de ter apontado apenas dois golos em 23 jogos pelo clube inglês.

«Depois dessa temporada tão boa em 2003 tive muitos pretendentes e ao assinar pelo Tottenham cumpri um sonho de infância: jogar na Premier League. Não me adaptei ao futebol inglês, tinha-o idealizado e afinal não era tudo assim tão bonito. Custou-me, o ritmo, o idioma, o clima sempre nublado… Londres era diferente do que imaginava», disse Postiga em entrevista ao SportAragon, recordando o regresso aos dragões depois.

«Acredito que errei ao voltar ao FC Porto. Nesse momento deveria ter ficado outro ano ali, a lutar por um lugar, ou ter ido para outro clube. Mas, claro, era muito jovem... Também influenciou ver o FC Porto ganhar a Champions nesse ano. Quando em 2003 ganhámos tudo: Liga, Taça e UEFA, era o momento de sair. Não se podia melhorar isso. Ninguém podia imaginar que no ano seguinte o FC Porto iria ganhar a Liga dos Campeões», apontou.

Na entrevista, Hélder Postiga recordou a panenka nos penáltis frente a Inglaterra no Euro2004. «Eu era um miúdo muito jovem que tinha explodido o ano anterior com o FC Porto. Sempre disseram que tinha esse caráter irreverente. Nesse momento, estava a estrear-me no Europeu com a minha seleção e logo no meu país. Imagina a confiança que me deu marcar esse golo. Tinha a moral nas nuvens.»

«Essa seleção, apesar de não ter ganho, foi muito especial misturava-se a geração dourada, com estrelas veteranas como o Figo ou o Rui Costa e alguns futebolistas jovens, como o Tiago, o Cristiano Ronaldo e eu», disse ainda.

O ex-avançado recordou ainda como era Cristiano Ronaldo nesse Europeu. «Se falasses com ele nessa altura já te garantia que ia ser um dos melhores do mundo. Era apenas um miúdo, acabado de assinar pelo Manchester United, não era titular em Inglaterra, mas vias que tinha matéria prima, tinha talento. E, ainda por cima, um carácter e um sacrifício que o iriam levar ao sucesso.»

«Aproveitei muito como ele como companheiro de seleção tantos anos. E vê agora, com 35 anos, depois de ganhar tudo, poderia relaxar, abrandar, mas não, continua com uma fome enorme de ganhar e marcar golos.»

Hélder Postiga falou ainda de José Mourinho, dizendo que «foi uma revolução para o futebol português, não só por questões táticas, pela forma como via o futebol, mas também pela metodologia e pela capacidade de comunicar.»

«Tinha um discurso que transmitia de forma diferente a cada jogador ou a cada grupo. Em cada balneário há personalidades muito diferentes e ele sabia adaptar-se a eles para dizer o que queria.»

Continue a ler esta notícia

Relacionados