Um veterinário colombiano foi acusado de implantar heroína líquida no abdómen de cães com o objetivo de introduzir a droga nos Estados Unidos.
“Violou o juramento veterinário de prevenir o sofrimento animal, quando fez uso das capacidades cirúrgicas num cruel plano para traficar heroína no abdómen de cães”, afirmou o procurador-geral de Nova Iorque, Richard Donoghue, em comunicado.
De acordo com a acusação, Andrés López Elorez, de 38 anos, entre setembro de 2004 e janeiro de 2015 fez parte de uma organização que tinha como objetivo introduzir a droga vinda da Colômbia nos Estados Unidos. A rede de tráfico é acusada de usar seres humanos e cães para passar a droga.
Aos cães eram implantados pacotes de heroína líquida no ventre de forma a não serem detetados pelas autoridades. Assim que os animais chegavam aos Estados Unidos eram operados de forma a recuperar a droga.
O veterinário tem sido preseguido há mais de 12 anos, desde que uma investigação da Agência de Combate às Drogas (DEA) revelou o tráfico de heroína através de cães. Para além de Andrés López Elorez outras nove pessoas foram acusadas de tráfico e distribuição de heroína nos Estados Unidos através do mesmo método.
“A insaciável sede dos cartéis pela ganância leva-os a cometer crimes impensáveis, como utilizar cães inocentes para esconder a droga ou atualmente colocar quantidades letais de fentanil nas nossas ruas”, declarou o agente da DEA responsável pelo caso, James Hunt.
Andrés López Elorez, que vivia em Espanha, foi extraditado para os Estados Unidos no passado dia 30 de abril. O veterinário enfrenta agora uma pena mínima de 10 anos, mas que poderá chegar à prisão perpétua.