Portugal e comunidade internacional condenam ataque de Istambul - TVI

Portugal e comunidade internacional condenam ataque de Istambul

Políticos lamentam início de ano sangrento, com atentado em discoteca que provocou pelo menos 39 mortos e mais de 60 feridos. Papa Francisco critica "praga do terrorismo"

O Governo português condenou “firmemente” o atentado ocorrido no sábado numa discoteca de Istambul, que provocou pelo menos 39 mortos, de acordo com um comunicado divulgado este domingo.

“O Governo português condena firmemente o atentado cometido ontem em Istambul. O Governo exprime a sua solidariedade com o povo e as autoridades turcas e reafirma o empenhamento de Portugal na luta contra o terrorismo em todas as suas formas”, lê-se no comunicado.

Vários políticos já lamentaram este domingo um início de ano marcado pela tragédia. O presidente francês, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel, estão entre os dirigentes mundiais que condenaram o atentado na noite de Ano Novo, que causou 39 mortos e 69 feridos.

Num comunicado divulgado pelo Eliseu, François Hollande denuncia “fortemente e com indignação o ato terrorista” contra a discoteca "Reina", que deixou feridos três franceses, e reafirma o apoio à Turquia na luta contra o terrorismo.

“Desumano e traiçoeiro” foi como a chanceler Angela Merkel classificou o atentado em Istambul, numa mensagem enviada ao presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, na qual transmite condolências às famílias das vítimas.

A Alta-representante para a Política Externa da União Europeia, Federica Mogherini, lamentou também este domingo que 2017 tenha arrancado com um atentado numa discoteca em Istambul.

"Continuaremos a trabalhar para prevenir estas tragédias", disse Mogherini na conta do Twitter. "Os nossos pensamentos estão com as vítimas e os seus entes queridos", acrescentou.

O ministro italiano dos Negócios Estrangeiros, Angelino Alfano, referiu também no Twitter que "a tragédia de Istambul faz lembrar que a luta contra o terrorismo não conhece pausas, nem festas, nem países ou continentes". "É necessária unidade, a qualquer preço", afirmou.

Também Estados Unidos da América (EUA) condenaram o "horrível ataque terrorista". Através do Twitter, o porta-voz do Conselho Nacional de Segurança da Casa Branca disse que o ataque a "inocentes" que celebravam a passagem do ano revela "a selvajaria" dos autores do tiroteio. Ned Price reafirmou o apoio norte-americano à Turquia, aliada dos EUA na NATO, no combate ao terrorismo.

Papa condena atentado e critica "praga do terrorismo"

O Papa Francisco condenou este domingo o atentado de Istambul e criticou “a praga do terrorismo e a mancha de sangue que envolve o mundo com uma sombra de medo e de perda”.

“Por desgraça, a violência também atingiu esta noite de celebração e esperança. Com profunda dor, expresso a minha proximidade com o povo turco, rezo pelas numerosas vítimas e os feridos e por toda a nação em luto”, disse o Sumo Pontífice, após a oração do Angelus, na Praça de S. Pedro, no Vaticano.

“Peço ao senhor que apoie todos os homens de boa vontade que enfrentam a praga do terrorismo e essa mancha de sangue que envolve o mundo com uma sombra de medo e de perda”, acrescentou.

De acordo com a polícia, um homem vestido de Pai Natal entrou na discoteca "Reina", uma das mais conhecidas de Istambul, e começou a disparar, matando pelo menos 39 pessoas, das quais 16 de nacionalidade estrangeira, e ferindo outras 69.

O atacante fugiu e está em curso uma operação policial de busca e captura.

No ano de 2016, a Turquia sofreu uma série de ataques, a maioria reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico ou pelos rebeldes curdos e que provocaram centenas de mortos.

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, assegurou este domingo que a Turquia “vai continuar a lutar contra o terrorismo e fazer tudo o que for necessário para garantir a segurança dos seus cidadãos e a paz na região”.

Erdogan acrescentou que a Turquia vai afetar todos os meios necessários, desde militares, económicos, políticos ou sociais, para combater “organizações terroristas” e os países que as apoiam, sem especificar a que grupos ou Estados se referia.

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