Desassoreamento da Lagoa de Óbidos é prioridade - TVI

Desassoreamento da Lagoa de Óbidos é prioridade

Turismo ecológico na Lagoa de Óbidos

Ministra admite que outras intervenções terão de ser adiadas, sem especificar quais

O desassoreamento da Lagoa de Óbidos é uma das prioridades do Ministério do Ambiente e não será travado pelas medidas de austeridade, disse esta quarta-feira a ministra Dulce Pássaro, citada pela Lusa.

«O desassoreamento [da lagoa] não pode estar em causa, é uma prioridade», afirmou, durante uma visita à Lagoa de Óbidos.

«Há naturalmente medidas de austeridade e o sector ambiental não fica fora do esforço global», disse a governante, sem precisar acções concretas, mas admitindo que haverá intervenções que «vão ter que ser adiadas» e outras «faseadas».

De acordo com a ministra, as medidas de restrição serão decididas após a conclusão dos estudos que estão a ser elaborados pelos directores-gerais, mas as intervenções na Lagoa de Óbidos contam já com orçamentação e inscrição nas prioridades do Plano de Acção aprovado para o Litoral, a desenvolver entre 2007 e 2013.

Dulce Pássaro verificou esta quarta-feira, na Foz do Arelho, a fase final de uma dessas intervenções, a relocalização da aberta (canal que liga a lagoa ao mar), numa zona mais a sul, para permitir a prática de uma época balnear mais segura na Foz do Arelho.

A obra, que deverá estar concluída na quinta-feira, depois de dois meses de trabalhos desenvolvidos através do INAG (Instituto da Água) com o apoio técnico do LNEC (Laboratório Nacional de Engenharia Civil).

Os trabalhos que implicaram a movimentação de 120 mil metros cúbicos de areia e um custo de superior a 319 mil euros deixaram a ministra convicta de que «estão criadas as condições para ter uma época balnear segura».

«Temos aqui uma praia com declives suaves, areias com um aspecto excelente e águas sem turvação», salientou.

Perante uma comitiva que integrou autarcas dos concelhos ligados à lagoa (Caldas da Rainha e Óbidos), representantes da Comissão de Acompanhamento da Lagoa e técnicos do INAG, a ministra reafirmou o compromisso de avançar com a dragagem de 500 mil metros cúbicos de areia da lagoa antes do final do ano.

«Está a ser feito o caderno de encargos e está tudo montado para depois de lançado o concurso e avaliadas as propostas, ser feita a adjudicação e virmos para o terreno», assegurou.

Durante a visita em que inaugurou um percurso pedonal de 13 quilómetros (na Foz do Arelho) e se inteirou das obras de requalificação do Bairro dos Pescadores, no Bom Sucesso (Óbidos), a ministra destacou a importância da «intervenção de grande magnitude» no ecossistema onde no total serão investidos 18 milhões de euros.

«As verbas de intervenção são muito significativas, e é a prova de que consideramos esta área prioritária», rematou.
Continue a ler esta notícia