Companhia das Lezírias é o «pulmão» de Lisboa - TVI

Companhia das Lezírias é o «pulmão» de Lisboa

Companhia das Lezírias (MARIO CALDEIRA/LUSA)

Iniciativa visa mostrar a «vertente da biodiversidade que é praticada» no local

A Companhia das Lezírias abriu as portas, este sábado, a mais de duas dezenas de visitantes que consideram o local um «pulmão» necessário e importante de preservar, situado a 30 quilómetros de distância da metrópole, Lisboa.

Numa viagem de autocarro pelos mais de 20 mil hectares da Companhia das Lezírias (CL), os visitantes puderam estar em contacto com a Natureza, numa paisagem que combina o montado, o pinhal, as zonas húmidas do estuário do Tejo e os pauis que rasgam a Charneca, adianta a Lusa.

Para o presidente da administração da CL, Vítor Barros, a iniciativa, que surge no âmbito das comemorações do Ano Internacional da Biodiversidade, visa «mostrar a um conjunto de pessoas a vertente da biodiversidade que é praticada» no local.

«É um local onde há boas práticas agrícolas, onde há uma promoção da biodiversidade, adaptação às alterações climáticas e um sumidor de carbono e que é muito importante quando estamos a 30 quilómetros da capital», afirmou o responsável.

«Um pulmão bom é necessário ser preservado», foi a metáfora utilizada, quer por Vítor Barros, quer pelo geógrafo e antigo secretário de Estado do Ordenamento do Território João Ferrão, um dos participantes da viagem.

«Durante muito tempo pensámos que Monsanto era o pulmão da Área Metropolitana de Lisboa, mas hoje digo que a Companhia das Lezírias é o grande pulmão», afirmou João Ferrão.

Preocupado com os problemas ambientais, conservação da Natureza e qualidade de vida das pessoas, João Ferrão salientou a importância da temática de hoje que, além da biodiversidade, discute o futuro da área metropolitana de Lisboa.

«Temos que perceber que hoje a Área Metropolitana de Lisboa não pode prescindir daquilo que eu considero ser o pulmão esquerdo da cidade», sustentou.

João Ferrão apelou a mais trabalho de divulgação para «mostrar aquilo que de bom já está a ser feito hoje», porque, segundo considera, «as pessoas mostram-se mais interessadas e preocupadas com a questão da biodiversidade mas não o suficiente».
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