Gases com efeito de estufa dividem Bruxelas

Os líderes europeus reunidos em Bruxelas não conseguiram chegar esta quinta-feira a acordo sobre a ajuda a conceder aos países mais pobres para estes aceitarem reduzir as emissões de gases com efeitos de estufa, noticia a Lusa.

Fonte diplomática apontou a Alemanha como o principal responsável pela situação, segundo a Lusa. A Alemanha recusou que os 27 avancem com um envelope financeiro antes dos restantes países ricos se pronunciarem sobre a questão.

Os 27 estão divididos em três campos. A presidência sueca defende a necessidade dos europeus liderarem o processo e avançarem com números. Medida apoiada por países como Portugal, Reino Unido ou Dinamarca.

A Alemanha, que lidera um grupo onde também se incluem a França e a Itália, defende que os europeus devem aguardar pelas promessas financeiras dos restantes países desenvolvidos.

Já os países de Leste, chefiados pela Polónia, estão dispostos a avançar em função das suas capacidades financeiras.

É preciso 100 mil milhões de euros anuais, entre 2013 e 2020, para ajudar os países mais pobres a adoptem medidas contra as alterações climáticas, calculou a Comissão Europeia.

Deste montante, a UE deverá comparticipar com dois a 15 mil milhões de euros anuais, montante a que se soma um envelope de cinco a sete mil milhões para acções imediatas, entre 2010 e 2012.

20 por cento em relação aos níveis de 1990 é quanto os europeus decidiram reduzir as emissões de gás com efeito de estufa até 2020.

Esta redução poderá chegar aos 30 por cento se os outros países desenvolvidos se comprometerem com objectivos semelhantes e os em desenvolvimento aceitarem fazer a sua parte.