O primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou hoje que a União Europeia aspira a ser mais do que um espaço de prosperidade económica, mas também um bloco em defesa da inviolabilidade da vida, contra a pena de morte, informa a agência Lusa.
O chefe do Governo português recordou que Portugal «foi o primeiro país do mundo a abolir a pena de morte» em 1867.
Na sua intervenção, o presidente em exercício da União Europeia sustentou que a abolição da pena de morte «é uma conquista civilizacional» e que a sua concretização em todo o mundo «depende da vontade política» de «uma resposta multilateral» ao nível diplomático.
«O crime não se combate com a morte mas com a justiça. O crime não se combate com a vingança do Estado mas com a justiça», salientou o primeiro-ministro português.
José Sócrates fez também questão de defender que a pena de morte não significa mais eficácia no combate ao crime nem mais segurança nas sociedades em que é aplicada.
«Os números demonstram precisamente o contrário», declarou, antes de referir que a aplicação da pena de morte «tem atrás de si uma história dramática de inocentes».
«A pena de morte é uma justiça insuportável, porque torna qualquer erro definitivo», apontou.
O primeiro-ministro procurou também destacar a União Europeia como um bloco político virado para a defesa de valores civilizacionais, como «a inviolabilidade da vida humana».
«Quando se concretizar a abolição da pena de morte, é a humanidade que está a progredir nos princípios e nos valores, libertando-se do espírito de vingança», disse.
União Europeia contra a pena de morte
- Portugal Diário
- 9 out 2007, 12:37
José Sócrates quer Europa na vanguarda da defesa da vida humana
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