Vítor Oliveira: o campeão das subidas só quer «um projeto sólido» na Liga - TVI

Vítor Oliveira: o campeão das subidas só quer «um projeto sólido» na Liga

Vítor Oliveira

Oriental-U. Madeira (reportagem)

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Este domingo, Vítor Oliveira fez subir mais um clube. Desta feita, o União da Madeira após um ano de trabalho.

O técnico de 61 anos já subiu à Liga com o Paços de Ferreira, Académica, Leixões, U. Leiria, Belenenses e Arouca.

E podemos ainda acrescentar o Moreirense, na época passada. Afinal de contas, Vítor Oliveira começou a época em Moreira de Cónegos. Sendo assim são oito promoções no currículo.

Curioso é, também, que Vítor Oliveira leva as equipas até ao escalão máximo do futebol português, mas deixa-as sempre após esse feito.

Por isso, ainda que tenha decidido há já algum tempo, sair é normal.

«É uma situação perfeitamente normal. Já tinha decidido há um mês que ia sair. Tornei pública a decisão na semana passada. Por causa das noticias e sabia que esta semana ia ser de especulação. Saio, mas não tenho acordo com ninguém. Só tive o convite do União e não aceitei», disse em conferência de imprensa.

[Porque decidiu sair?] «Entendo que para se fazer bom trabalho tem de haver sintonia entre todos. Essa sintonia não existia, temos formas de ver diferentes e por isso decidi sair e dar ao clube a hipótese de encontrar alguém que se reveja na filosofia de estar no futebol.»

[Misto de sensações?] «Há a sensação de dever cumprido. É sempre bom para clube, que não estava nestas andanças há cerca de 22 anos. Estamos todos de parabéns. Conseguimos isto com apenas um ano de trabalho, quando se esperavam resultados apenas dois anos depois.»

[Que projetos agora?] «Não há projetos no futebol português. Só há uma equipa que o tem e de forma sólida, que é o Benfica que tem mantido o seu treinador. O FC Porto penso que está a ir por esse caminho, o Sporting é o que temos visto. Nos outros, é um disfarce. Ao fim de três derrotas... vê-se.»

[O futuro?] «Aos 61 anos já não tenho ilusões de chegar a um grande clube. Aceito convites de clubes que tenham credibilidade. De um clube que tenha credibilidade e que mereça essa credibilidade e respeito. Seja de primeira ou de segunda. Na II Liga terá sempre de ser um projeto de subida, na primeira um sólido. Às vezes é melhor estar na segunda a jogar para subir, do que estar na primeira a perder e a desgastar-se. Nessas duas propostas, acho que prefiro uma equipa da segunda. Não fecho portas a ninguém. Nunca o fiz. Aceito conversas. Não ando à procura de uma equipa grande. Vou ver o que aparece e vou decidir. Gosto de futebol e de treinar, independentemente de ser na primeira ou na segunda. Mas, bom mesmo, como disse aos jogadores, era estar na primeira.»




 
 
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