De acordo com os critérios do CNAVES, insuficiente corresponde a «graves deficiências, algumas de natureza estrutural, com reduzidas perspectivas de recuperação imediata». No entanto, o Governo mantém esses cursos em funcionamento, adianta o «Diário Económico».
Entre es licenciaturas com má avaliação, em 2003/2004 e 2004/2005, estão sobretudo os das instituições privadas. A Universidade Moderna é a que mais se destaca pela negativa. Em seis cursos, dos diferentes pólos da instituição, foram detectadas várias deficiências.
Na Universidade Moderna do Porto, que entretanto foi adquirida pela Lusófona, a licenciatura de Direito é classificada com nota insuficiente em oito campos de avaliação: organização institucional, alunos, corpo docente, instalações, relações externas, gestão de qualidade, empregabilidade/sustentatibilidade e investigação.
Ao curso de Sociologia, nos pólos do Porto e Beja, também da responsabilidade da Moderna, são apontadas graves deficiências em onze e doze pontos, respectivamente.
A Universidade Internacional é a segunda pior cotada pelo CNAVES, nos últimos dois ciclos de avaliação. As universidades públicas não escapam ao crivo dos avaliadores.
O Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) merece nota negativa em nove indicadores de dois dos seus cursos. Em alguns relatórios o indicador insuficiente refere que os problemas são susceptíveis «de evolução em sentido positivo, se forem adoptadas orientações correctas, com esforço e o tempo adequado».
Mas nas conclusões, a comissão avisa que «em caso de persistência desta avaliação, merecerá consequências negativas por parte da tutela». O que não aconteceu. O ministério argumenta que os relatório não recomendam o encerramento dos cursos nem das instituições.
Governo não fechou 20 «cursos irrecuperáveis»
- Redação
- CPS
- 24 abr 2007, 07:32
Nos últimos quatro anos, mais de duas dezenas de cursos tiveram classificação «insuficiente» em diversos itens analisados pelo Conselho Nacional de Avaliação do Ensino Superior (CNAVES).
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