As «tontices» de Sócrates - TVI

As «tontices» de Sócrates

  • Portugal Diário
  • 31 ago 2007, 20:21

Marcelo Rebelo de Sousa comenta os vetos presidenciais de Cavaco

O ex-líder do PSD Marcelo Rebelo de Sousa considerou hoje que o Presidente da República, Cavaco Silva, mostrou que não está «refém do Governo», ao vetar três diplomas do executivo no último mês, noticia a Lusa.

«Quando o Governo age bem, o Presidente dá cobertura, quando age mal, o Presidente distancia-se», afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, sublinhando que Cavaco Silva mostrou que «não está refém do Governo».

Marcelo Rebelo de Sousa considerou que os três vetos políticos do Presidente da República constituem «um dos dois factos políticos» do Verão, mas desdramatizou eventuais consequências nas relações entre Belém e S. Bento.

«Um dos dois factos sem dúvida foi este. Não direi um distanciamento crónico do Presidente em relação ao primeiro-ministro, mas foi o Presidente a dizer ¿não penses que eu estou nas tuas mãos. Se fizeres asneira levas na touca¿», disse.

Marcelo Rebelo de Sousa criticou o primeiro-ministro, José Sócrates, defendendo que «podia ter evitado facilmente» o veto do Presidente à lei orgânica da GNR, que foi aprovada no Parlamento com os votos contra de toda a oposição.«O primeiro-ministro podia ter evitado este veto facilmente», disse, considerando que a aprovação do diploma no Parlamento se deveu às «teimosias» do «grupo parlamentar do PS e do primeiro-ministro».

As «tontices» de Sócrates

«E as teimosias pagam-se caro, transitoriamente bem entendido porque tudo isto é superável», considerou, assinalando que as razões invocadas pelo Presidente da República para vetar a lei referem-se a aspectos «de fácil resolução».

Insistindo nas críticas ao primeiro-ministro, Marcelo Rebelo de Sousa responsabilizou-o pelo veto presidencial à lei da GNR, considerando que se deveu a «uma tontice» de Sócrates. Marcelo Rebelo de Sousa sugeriu que houve uma «tontice do primeiro-ministro, que combinou uma coisa com os militares e não fez, combinou uma coisa com o PSD e não fez».

«Provavelmente, sei lá se não combinou uma coisa com o Presidente e não fez», acrescentou. Quanto ao «segundo facto político» do Verão, Marcelo Rebelo de Sousa apontou o «mesito de folgas» que disse que o Governo tirou, «apesar de tudo».

«Depois de seis meses de asneiras, o primeiro-ministro conseguiu um mês de férias. Essa folga para o Governo foi útil», considerou.
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