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Repórter TVI: "O Novo Muro"

Às 8 da manhã, hora de levantar as grades. O corrupio não tarda na agência Neto, uma agência de recrutamento de mão de obra. Italianos, romenos, espanhóis, polacos, mas sobretudo portugueses. É o primeiro ponto, quase obrigatório, para quem acaba de chegar, ou para quem perdeu o emprego e está à procura de outro. Trabalhos nas obras, nas limpezas, nos restaurantes ou nos hotéis. Há de tudo.

Domingos Cabeças toma conta do negócio, num frenesim difícil de descrever. Não há tempo sequer para a hora de almoço. O homem que arranja trabalho a tanta gente confessa que aqui há empregos que os ingleses não querem fazer, acabam por ser os imigrantes a ocupá-los. Fazem-no pelo salário mínimo e acabam por ser preferidos pelos patrões.

Porém, Domingos já começou a sentir os efeitos do Brexit, há cada vez menos gente a chegar e cada vez mais dificuldade em encontrar pessoas para todos os trabalhos. Quem fez campanha pela saída da União Europeia sente, para já, o objetivo a ser cumprido: reduzir o número de estrangeiros a viver e a trabalhar no Reino Unido. Porém, o controlo de fronteiras pode vir a torna-se num problema para a economia britânica. Um estudo realizado para o governo de Tony Blair é claro e não deixa margem para dúvidas. Nele está escrito que os imigrantes preenchem lacunas no mercado de trabalho, tornam o país mais produtivo e competitivo, criam novos negócios, estimulam a economia e geram bem-estar tanto para eles mesmos como para nativos.

8 abr 2017, 22:06
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