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«Lembrei-me dos bate-boca com o Jorge Costa e pensei: 'Onde é que me vou meter'?»

Rui Baião chegou ao mais alto nível com tenra idade. Tinha 20 anos quando fez a estreia pelo Benfica de Toni frente ao Marítimo (3-0), na reta final do campeonato 2000/01. Na penúltima jornada, fez o único golo dos encarnados na receção ao Salgueiros (1-1). Estava a viver um sonho.

Em miúdo, com oito/nove anos, viu uma estrela cadente e desejou jogar no Estádio da Luz pelo Benfica. Uma década mais tarde, isso aconteceu e Rui Baião foi mais que uma promessa ocasional. Estreou-se logo como titular, fez seis jogos até final da época e outros dez na temporada seguinte.

O médio ofensivo queria mais. Não suportou ficar na sombra de jogadores como Zahovic, numa fase muito conturbada no clube encarnado, rescindiu e foi para o Varzim. Seguiram-se Estrela da Amadora, Gil Vicente, Kerkyra (Grécia) e Portimonense. Em 2007, ficou sem jogar. Ganhou peso, chegou aos 100 quilos e pensou em desistir. Aos 27 anos.

O Olhanense, pelas mãos de Isidoro Sousa e Jorge Costa, deu-lhe nova oportunidade. Rui Baião reinventou-se e voltou a ser feliz. Foi campeão da II Liga, jogou novamente na Liga, passou ainda pelo Fátima e terminou a carreira no Pinhalnovense, aos 33 anos, na sequência de um susto. Durante um jogo, voltou a sentir arritmias cardíacas e decidiu parar de vez.


Desde 2014, a antiga promessa do Benfica já fez de tudo um pouco. Começou por fazer arquivo, depois gestão de correio, passou pela reposição em supermercados e trabalha há mais de três anos na Benteler, empresa que produz componentes para a Autoeuropa.

Rui Baião relata uma vida dura e confessa que gostava de voltar ao futebol. Até lá, continua a trabalhar.

8 jul 2020, 23:48
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