A lei que permite a adoção por casais homossexuais faz cinco anos. Mas Ana Aresta, da direção da Ilga Portugal, afirma que, apesar de legal, "o processo é muito moroso. Não só porque há muitas crianças institucionalizadas mas poucas em processo de adoção, mas também porque os critérios para a seleção dos casais, sejam heterossexuais ou não, são muito complexos".
A Ilga não tem registo de discriminação de casais homossexuais quanto à adoção. "Temos registo de desinformação e de falta de informação", diz Ana Aresta. Quer por parte dos casais que ainda têm algum receio de iniciar o processo, quer por parte dos funcionários da Segurança Social.
A dirigente considera que é necessária mais formação contra a discriminação. "As pessoas não são discriminadoras, muitas vezes não têm as melhores ferramentas nem a formação para serem melhores profissionais."