Combater a crise também ajuda o ambiente

Poupar em casa e nos transportes ajuda a preservar o ambiente. É a opinião do ambientalista Viriato Soromenho Marques, em entrevista ao tvi24.pt. Soromenho Marques diz que ao usarmos menos o automóvel, optando pelos transportes públicos, ao escolhermos electrodomésticos mais eficientes do ponto de vista energético e ao pouparmos água, estamos a ajudar a combater a crise e também a preservar o ambiente.

Combater a crise ajuda a proteger o ambiente (Veja o Vídeo)

«Estamos numa situação em que muitas opções que se traduzem em maior economia doméstica se traduz também em maior poupança e na preservação ambiental», disse o ambientalista.

Críticas às políticas ambientais de «curto prazo»

Na mesma entrevista ao tvi24.pt, Viriato Soromenho Marques considerou que os diferentes Governos em Portugal optam por uma «política do curto prazo». «São políticas só de um Governo, que não passam para o Governo seguinte», sublinhou.

Por isso mesmo, elege como prioridade ambiental em Portugal «tornar a política do ambiente como política do Governo». «A primeira medida devia ser que o primeiro-ministro assuma o ponto da situação e os objectivos a atingir no final do mandato», afirmou.



Política ambiental deve ser a política do Governo (Veja o Vídeo)

Perigo de «refugiados ambientais» em Portugal

Entre os problemas ambientais em Portugal, está o desenho da orla costeira, com constante construção muito perto das praias. «Não é aceitável que continuemos a construir na orla costeira», enfatiza, acrescentando que «a longo prazo, podemos a estar a criar refugiados ambientais em Portugal».

É que, todos os anos, «o litoral e as suas praias recebem menos 85% de areias e sedimentos» trazidos pelos rios. Muito por culpa das barragens e obras hídricas que se fazem nos rios portugueses.

Orla costeira: remediar não é solução (Veja o Vídeo)

O plano de barragens do Governo merece, aliás, críticas por parte de Viriato Soromenho Marques. «Penso que a opção pelo Baixo Sabor é muito cruel», disse, justificando que «o valor do ponto de vista da biodiversidade é tão grande que seria sensato avançar noutras zonas, deixando o Baixo Sabor para uma segunda fase no plano de barragens».

«Baixo Sabor é uma opção muito cruel» (Veja o Vídeo)