Bagão escolhe para presidente da CGD quadro sem experiência na banca de retalho - TVI

Bagão escolhe para presidente da CGD quadro sem experiência na banca de retalho

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A escolha de Vítor Martins para a presidência da Caixa Geral de Depósitos (CGD) foi feita para assegurar a «estratégia de crescimento do maior banco português no mercado internacional».

Além disso a mesma correspondeu também à exigência do Presidente da Republica, Jorge Sampaio, «de ter um governo virado para a Europa».

Vítor Martins foi Secretário dos Assuntos Europeus no Governo de Cavaco Silva, para além de ter sido um dos principais mentores da securitização das dívidas do Estado português, através do banco conde prestava consultadoria, o Citigroup.

Segundo uma fonte conhecedora do processo, a escolha do consultor aparece como uma solução que «agrada a gregos e a troianos», já que «não só temos uma pessoa de gabarito internacional, como temos alguém com reconhecimento interno, nomeadamente político».

Contudo, entre as lacunas do currículo de Vítor Martins parece ser mesmo a experiência bancária, já que apesar de ser um dos portugueses mais conceituados no que toca a economia, tendo colaborado com diversos órgão internacionais, não tem qualquer experiência na banca, à excepção da sua passagem como consultor de um banco de investimento internacional.

«De facto, temos um homem virado para o exterior, mas a falha da CGD nos últimos anos tem mesmo sido o mercado retalho, que no primeiro ano sem receitas extraordinárias viu os lucros caírem 25%».

Desta forma, «teremos de esperar até Outubro para avaliar a nova equipa e determinar se Vítor Martins será o homem certo para liderar o rumo do maior banco português», conclui ainda.

Siméon soube da demissão por comunicado interno

A sucursal da CGD para o mercado espanhol, o banco Siméon informou, através de comunicado interno, os seus trabalhadores da demissão de António de Sousa e Mira Amaral da administração do banco.

A mesma fonte adiantou que no comunicado emitido, assinado pelo presidente da entidade, Carlos Traguelho, que haverá uma «previsível demora» na alteração da administração do Siméon, que deveria ser aprovada até ao final do corrente mês.

Sob esta circunstância, o mesmo responsável adiantou que «os órgãos directivos do banco seguem a assumir a plena responsabilidade das suas funções», ficando assim obrigado a assumir o seu cargo até novo aviso.
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