Liga Europa: Eintracht Frankfurt-V. Guimarães, 2-3 (crónica) - TVI

Liga Europa: Eintracht Frankfurt-V. Guimarães, 2-3 (crónica)

Minhotos rijos fizeram tremer alemães

Sem pressão, sem nada a perder, o Vitória foi a Frankfurt fazer tremer os alemães e arrancar o primeiro triunfo nesta fase de grupos. Um grande jogo com duas reviravoltas no marcador, a primeira para os alemães, depois de Rochinha abrir o marcador, a segunda, em apenas dois minutos, para a equipa portuguesa que acabou por celebrar a conquista dos três pontos que, afinal, não fizeram falta aos alemães que acompanham o Arsenal para a próxima fase.

Confira a FICHA DO JOGO

Ivo Vieira renovou a equipa por completo, promovendo nove alterações em relação ao último jogo com o Portimonense, deixando apenas Pedrão e Pêpê no onze inicial, mas o Vitória não deixou de apresentar-se em campo com um onze competitivo, com Rochinha e Davidson sobre as alas no apoio direto a André Pereira.

O Eintracht também levou este jogo muito a sério, com Adi Hütter a promover apenas uma alteração em relação à equipa que bateu o Arsenal em Londres, com Sebastian Rode a render Gelson Fernandes, mas mais uma vez com André Silva e Gonçalo Paciência, com o apoio de Kamada, no ataque. A verdade é que os alemães precisavam de vencer para não ficarem dependentes do resultado de Liège onde o Standard, ainda na luta, recebia o Arsenal.

O jogo começou com um Eintracht de tração à frente, com os alemães a procurarem levar o jogo rapidamente para a área de Miguel Silva, mas com um Vitória muito equilibrado, não só a defender, mas depois também na forma como saía depois para o ataque, com critério, procurando os espaços livres e obrigando os alemães a recuarem em toda a linha.

Foi assim, aliás, que o Vitória chegou à vantagem, aos 8 minutos, num passe longo de Poha a destacar Rochinha sobre a direita, com a equipa de Frankfurt completamente descompensada em campo. O avançado fletiu para o interior da área e bateu Ronow com um remate cruzado.

Um golo que colocava a qualificação do Eintracht em risco e, nesse sentido, os alemães aumentaram, desde logo a intensidade do jogo, colocando ainda mais à prova a defesa minhota. O Vitória continuava muito seguro, mesmo quando Kostic levou tudo à frente e cruzou com precisão para uma cabeçada de Gonçalo Paciência para grande defesa de Miguel Silva.

Um grande momento do guarda-redes a que seguiu um outro bem menos feliz no lance seguinte. Na sequência de um canto, a defesa do Vitória afastou a bola da área e Danny da Costa devolveu-a com uma cabeçada em balão. Miguel Silva saltou para recolher a bola nas alturas, parecia ter o lance sob controlo, mas deixou a bola escapar por entre as luvas para a própria baliza.

Um azar do outro mundo para Miguel Silva, um golpe de sorte para os alemães que viram o empate cair literalmente do céu. Um golo que ofereceu, acima de tudo, uma nova motivação aos alemães que mantiveram a pressão e acabaram por virar o resultado, sete minutos depois, com novo golo. Mais uma investida de Kostic, um dos melhores em campo, pela esquerda, com cruzamento rasteiro para o segundo poste onde surgiu Kamada a encostar.

Em vantagem, o Eintracht passava a depender de si próprio, já não precisava de ouvir as notícias que chegavam de Liège e o jogo serenou. Os alemães levantaram o pé e o Vitória passou a jogar mais longe da sua área até ao intervalo.

A verdade é que o Vitória não tinha nada a perder e não deixou de lutar por outro resultado, mantendo os alemães em sentido, até porque, em Liège, o Standard estava mesmo a ganhar ao Arsenal. A segunda parte começou, assim, novamente com intensidade e Florent Hanin quase que empatou, logo a abrir, com uma bomba fora da área que deixou a baliza de Ronnow a abanar.

Ivo Vieira sentiu que a equipa estava em condições para lutar por, pelo menos, pelo empate e refrescou o ataque com Bonatini e, logo a seguir, o meio-campo com Edwards. Nesta altura o Eintracht procurava apenas segurar a vantagem que lhe assegurava a qualificação, mas o Vitóia baralhou tudo em apenas dois minutos. Al Musrati empatou, na sequência de um pontapé de canto, com um remate revestido de alguma sorte. O jogador líbio escorregou no momento do pontapé, mas a trajetória da bola foi corrigida no corpo de Gonçalo Paciência e traiu Ronnow.

Bola ao centro e novo golo do Vitória, agora com Edwards a atirar fora da área, com a bola a sofrer novo desvio, agora no corpo de Gelson Fernandes, e novo golo. Em dois tempos o Vitória passava para a frente do marcador.

Os cânticos dos alemães nas bancadas, sempre intensos ao longo do jogo, deram depois lugar a um ensurdecedor burburinho, certamente com os adeptos a acompanhar também o resultado de Liège. A verdade é que o Arsenal acabou por empatar e tranquilizou os alemães que, mesmo a perder, acabaram por garantir a qualificação. Mas a festa foi mesmo do Vitória. A festa que os minhotos já perseguiam desde o início desta fase de grupos.

Continue a ler esta notícia