O Maisfutebol colocou três perguntas aos candidatos à presidência do V. Guimarães, sendo a primeira delas sobre o projeto desportivo e as ambições para o futebol.
Os três candidatos falaram na aposta na formação e na afirmação de uma equipa com presença regular nas competições europeias.
De resto, Pinto Lisboa confirmou o nome de Carlos Freitas para diretor-geral do futebol, enquanto Daniel Rodrigues mencionou Mário Branco para administrador delegado do futebol e João Aroso para diretor técnico da formação.
Candidata-se à presidência dos órgãos sociais do Vitória para o próximo triénio, qual é o projeto desportivo da sua candidatura e quais as ambições para o futebol?
MIGUEL PINTO LISBOA – Lista B
«O nosso projeto desportivo passa por uma aposta na formação. Queremos que as equipas do Vitória sejam compostas na maioria por jogadores formados na nossa academia e no concelho de Guimarães. Obviamente não podemos limitar-nos à formação, mas temos de ter a noção dos recursos que temos e otimizá-los ao máximo. O Carlos Freitas, que será o nosso diretor-geral para o futebol, é uma grande mais-valia. É um profissional que traz uma visão, experiência e rede de contactos de dimensão europeia. Isso espelha a ambição que temos para o Vitória: somos um grande clube português, queremos ocupar regularmente os quatro primeiros lugares do campeonato e queremos ser também uma referência com participação constante nas competições europeias.»
ANTONIO MIGUEL CARDOSO – Lista A
«A minha candidatura é uma terceira via: independente dos interesses instalados. Entre a tentativa de controlo por parte do acionista e livre da pressão de certos elementos que nos últimos anos mantiveram o comando do futebol. A partir daí a nossa ambição é máxima. Queremos criar condições para que o Vitória possa aproximar-se dos chamados três grandes, apostar na formação e dar-lhes espaço para crescer enquanto atletas e não só. Queremos que as portas da equipa A estejam abertas aos muitos talentos que nos rodeiam. A partir daí tudo é possível.»
DANIEL RODRIGUES – Lista C
«O Vitória vive um momento fulcral da sua história, precisa definitivamente de agarrar o futuro. Ainda no ano passado tive uma intervenção, em Assembleia Geral do clube, na qual assumi claramente uma posição contrária à desblindagem dos estatutos. Não podia admitir que se abrisse a porta para que um banco comprasse o Vitória. E, portanto, entendi que deveria assumir as minhas responsabilidades. Sei que me acompanha uma equipa que garante, a mim e aos vitorianos, capacidade de trabalho.
Por isso, insisto as vezes que forem necessárias, falo em futuro!
O passado serve para aprendermos, crescermos e evoluirmos. Por isso, preparamos um programa inovador, moderno, para projetar um Vitória de futuro.
Temos uma proposta clara para o modelo de organização do futebol. Em primeiro lugar salientar que, o presidente do Conselho de Administração da SAD será o presidente do Vitória Sport Clube, a quem caberá liderar toda a estrutura do futebol profissional. Para trabalhar diretamente com o presidente será contratado um administrador delegado para o futebol. Relativamente a este responsável pelo futebol profissional, mais do que falar em nomes, o importante é a definição concreta do perfil necessário.
Nós, atempadamente, fizemos essa análise, auscultámos o mercado, e concluímos que, em nossa opinião, o perfil ideal é o do Mário Branco, atual diretor desportivo do PAOK Salónica. Esta pessoa será responsável pela gestão da equipa desportiva: diretor desportivo, team managers, etc...
Defendemos uma mudança de paradigma. Costumo dizer que no dia em que o Vitória se aproximar em campo do nível apresentado nas bancadas, temos um caso sério a nível nacional. Queremos profissionalismo e dedicação, bons profissionais que respondam perante resultados. Mas ainda neste capítulo do futebol dar uma palavra para a formação. Esta é uma aposta estratégica. Este é o garante do sucesso! Para o efeito iremos contratar um diretor técnico competente, com currículo académico e experiência de seleção na área da formação. O Vitória não pode abdicar da sua matriz formadora, que num passado recente teve o sucesso que todos conhecemos. Desportivo e financeiro. E este perfil também já está encontrado, é o de João Aroso.»