Sporting-V. Guimarães, 3-1 (crónica) - TVI

Sporting-V. Guimarães, 3-1 (crónica)

Toque para intervalo na crise

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O Sporting fez um intervalo na crise e igualou a vitória mais robusta da época.

É isso, leu bem: um triunfo por dois golos é o melhor que a formação leonina tem para apresentar esta temporada, sendo que esta foi a segunda vez que o conseguiu. A outra tinha sido frente ao Portimonense, há ligeiramente mais de dois meses.

Mais importante do que isso, porém, o Sporting conseguiu um resultado que lhe dá fôlego. Pelo menos para já, a equipa pode normalizar a respiração e evitar estas irritantes taquicardias.

Por falar em taquicardias, importa dizer que o problema deste Sporting é muito esse: nervosismo. O coração tem momentos em que bate de mais, a cabeça pensa de menos e as pernas tremem. Por isso os jogadores arrastam-se entre erros e mais erros, incapazes de traduzir o valor que têm.

É uma equipa em crise, lá está.

Provavelmente consciente disso, o V. Guimarães entrou forte no jogo. A mandar na posse de bola, a jogar no meio campo adversário e a rematar à baliza de Renan. A equipa vimaranense queria capitalizar a intranquilidade leonina, o que faz mais sentido quanto mais cedo for.

O que seguramente ignorava é que essa vontade iria acabar por tornar-se uma sentença.

O Sporting parece não se ter importado – ou não ter sabido contrariar – em jogar atrás da linha da bola e tentar defender bem para sair rapidamente em contra-ataque.

Numa dessas jogadas, chegou ao golo: Vietto correu vários metros e serviu Jesé Rodriguez no momento certo, o espanhol tirou Miguel Silva da frente com classe e encostou para a baliza.

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Um golo contra a corrente do jogo e que marcou indelevelmente distâncias. É que pouco depois o mesmo Vietto recuperou uma bola no ataque, colocou Acuña na cara do guarda-redes e permitiu ao argentino fazer o segundo.

O Sporting alcançava, por fim, uma vantagem segura.

A partir daí nada mais foi igual. É verdade que Davidson ainda atirou ao poste, mas o Sporting tranquilizou-se, controlou os momentos do jogo e segurou a vantagem até ao intervalo.

A segunda parte não mudou muito as coisas, é verdade.

O V. Guimarães continuou a ter a bola, a jogar no meio campo adversário e a tentar chegar ao golo, o Sporting respondia em contra-ataque e criava boas situações para marcar. Também por isso esta foi a melhor exibição leonina na época.

A vitória só esteve verdadeiramente em risco quando Léo Bonatini reduziu a desvantagem e Alvalade se intranquilizou. Mikel Agu ainda rematou a rasar o poste, mas um erro de Miguel Silva permitiu a Coates fazer o terceiro golo e à equipa leonina recuperar alguma tranquilidade.

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O Sporting voltou a partir daí a controlar a posse de bola e a deixar o tempo correr, colocando um ponto final na discussão do resultado e um ponto e vírgula na crise.

Um intervalo deve ser isto.

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