Luís Castro: «Tenho confiança de que o Vitória vai estar na Liga Europa» - TVI

Luís Castro: «Tenho confiança de que o Vitória vai estar na Liga Europa»

Derrota do Vitória em Alvalade foi a terceira consecutiva para a Liga, mas o treinador acredita que a equipa vai segurar o sexto lugar

Relacionados

Luís Castro, treinador do V. Guimarães, depois da derrota diante do Sporting (0-2), no Estádio de Alvalade, em jogo da 31.ª jornada da Liga:

[Análise ao jogo e ao lance polémico que antecedeu o primeiro golo do Sporting]

- Sobre o lance que antecede o golo do Sporting, é uma falta clara. Se tivesse sido marcada essa falta, não haveria o lance rápido do Sporting que depois deu origem ao golo. Sobre o jogo, pensámos este jogo com bases diferentes do que temos feito, quisemos dar maior mobilidade ao ataque com Rochinha apoiado para um ataque rápido. Num desses momentos iniciais do jogo tivemos uma oportunidade, estivemos muito perto do golo. O jogo foi evoluindo aproveitando os espaços que o Sporting nos podia dar no momento da construção. Houve também uma bola na trave e no poste, mas do lado de fora, com Miguel Silva a controlar. Abrimos a segunda parte estrategicamente para introduzir o Guedes e quando o Guedes estava pronto para entrar, junto à linha, sofremos o segundo golo. Depois do golo, o nosso meio-campo não conseguiu aguentar o ritmo de jogo, precisámos de introduzir um novo elemento que foi o Pêpê. Ai conseguimos equilibrar o jogo, mas só na parte final conseguimos reencontrar o caminho que nos podia levar ao golo. Há uma vitória merecida da parte do Sporting, foi a melhor equipa em campo. Sabíamos que este quadro era difícil para podermos conquistar pontos.

[O que disse aos jogadores ao intervalo para serenar a equipa?]

- Quando encontramos no caminho do jogo algumas situações que achamos injustas, revoltámos-nos. Foi dito aos jogadores que não podiam ir no caminho da revolta e da contestação. Na altura não sabia se era falta, mas a bola era do Vitória. Disse à equipa que não podíamos voltar atrás, anular o golo do Sporting e marcar penálti. Tínhamos de esquecer, sabendo eu que tudo paira na nossa cabeça e tudo conta para uma equipa que não tem tanto poderio como o adversário. Mas conseguimos competir em todo o jogo. Sabemos que Alvalade é um campo difícil, estrategicamente as coisas não nos saíram bem, mas já passou, vamos pensar no próximo jogo. Ainda faltam três jogos, parece que já está tudo definido, mas está ainda tudo pode definir.

[Como é que vê este momento em que o Vitória consentiu três derrotas consecutivas?]

- Em momentos fracos e de derrotas, a vida deita-nos por terra, mas não é por isso que vamos deixar de ter esperança no dia a dia e deixar de acreditar no que podemos fazer nas últimas jornadas. O campeonato tem 34 jornadas, não são três. Quando menos se espera, as equipas voltam a uma produção mais elevada. Estas derrotas marcam pela negativa, mas não nos condiciona. Mantemos a mesma ambição que temos para o campeonato e não são as derrotas que nos vão vergar.

[O Vitória tem desperdiçado muitas oportunidades, a pouca eficácia do ataque explica este mau momento?]

- É natural que não estando a equipa no seu melhor momento, haja alguma desconfiança da parte de alguns jogadores. Isso condiciona a nossa fluidez de jogo. Temos hierarquizado a nossa semana de trabalho em função do que acontece nos jogos. Infelizmente os homens não são máquinas, o ser-humano trás sempre o erro com ele. Trabalhamos todos os dias para evitar erros e vamos continuar a fazê-lo, vamos procurar ter sucesso até ao último suspiro do campeonato. Tenho muita confiança que o Vitória vai estar na Liga Europa na próxima época.

[Sente que o árbitro sentiu-se pressionado de alguma forma?]

- Pressão tem de vir de algum lado. Está em cima dos árbitros, dos treinadores, dos jogadores e dos jornalistas. Viver é um ato de pressão, é um ato de coragem, mas isso não pode diminuir as nossas capacidades. Eu enquanto treinador não me posso deixar afetar pelos acontecimentos e todos os agentes que andam à volta do futebol também não se podem deixa afetar por essa pressão. Mais do que falar dos problemas no futebol, temos de resolver os problemas. Temos muito caminho a percorrer para termos uma liga como a espanhola, a inglesa ou a alemã, uma liga boa. Não estou a falar na falta que podia ter sido marcada ou não. Há muita coisa para melhorar. Não estou a dizer isto só porque tivemos três derrotas consecutivas.

[O lance de Rochinha afetou a equipa?]

- É natural que o lance tenha afetado mentalmente a equipa. A equipa sentiu em campo que estava um penálti por marcar. Agora depois do jogo, há uns que acham que pode ter sido fora, mas na altura o que equipa sentiu é que tinha ficado um penálti por marcar. Mas de qualquer forma, a equipa não funcionou bem em termos defensivos. O Sporting conseguiu profundidade que depois serviu para meter bolas na área e criou dificuldades à nossa equipa. No momento defensivo, nos corredores, não estivemos tão bem com devíamos estar.

Continue a ler esta notícia

Relacionados

EM DESTAQUE