A SAD do V. Guimarães terminou o exercício da época 2020/21 com um resultado líquido negativo de 8,2 milhões de euros e capitais próprios negativos de €3,8M.
A sociedade anónima desportiva do emblema minhoto justifica que o resultado negativo deve-se em grande parte ao «decréscimo de sete milhões de euros nos resultados operacionais». Isto deveu-se, lê-se, à ausência das competições europeias, ao efeito direto da pandemia nas receitas de 'sponsorização' e de bilhética numa temporada na qual o acesso do público aos estádios não foi autorizado.
No entanto, os custos da SAD vimaranense também subiram, facto que é justificado pela continuidade da maioria dos jogadores da equipa principal. O V. Guimarães acredita que, a «curto prazo» isto vai traduzir-se numa «mais-valia relevante para a operação da SAD» numa ano de «retoma da confiança do setor».
«[A sociedade] optou por não forçar um equilíbrio de contas que seria feito em prejuízo do projeto desportivo e de futuras melhores perspetivas de negócio», refere-se ainda no documento enviado às redações. Os resultados negativos põem fim a seis exercícios anuais de contas sucessivamente «no verde».
O ativo do V. Guimarães subiu dos 27,86 milhões de euros para os €57,85M, enquanto o passivo cresceu de €23,45M para €61,68M. Significa isto que o caital próprio da SAD, positivo em 4,4 milhões de euros em 2019/20, é agora negativo em €3,8M.
A SAD do emblema minhoto explica ainda por onde passa a estratégia de recuperação: pela concretização dos objetivos desportivos, pela valorização dos ativos, entre os quais os jovens talentos e pelo investimento na academia através da modernização das estruturas de trabalho e da construção, a decorrer, de um miniestádio com capacidade para 2.500 pessoas.
Os resultados do Relatório e Contas da SAD do V. Guimarães em 2020/21 vão ser apreciados, discutidos e votados em AG da SAD marcada para 30 de setembro.