V. Setúbal queixa-se de tratamento diferenciado por parte da Liga - TVI

V. Setúbal queixa-se de tratamento diferenciado por parte da Liga

Bonfim

Emblema sadino excluído das competições profissionais diz que é credor de outros clubes e que prazo reduzido para a apresentação dos pressupostos financeiros retirou da equação encaixes financeiros relevantes

Excluído pela Liga das competições profissionais por não cumprir os requisitos de licenciamento necessários para a época desportiva de 2020/21, o V. Setúbal considera estar a ser vítima de um tratamento discriminatório, até porque, diz, outros clubes também têm pagamentos em falta.

«Sabemos (...) que existem dívidas entre clubes, assumidas em conferências de imprensa, acrescentando-se a isso dívidas também para com o Vitória FC por parte de outras sociedades desportivas. Nenhuma dessas tem, contudo, o tratamento e as consequências idênticas, deixando no ar um clima de impunidade, e, novamente, um tratamento diferenciado», pode ler-se numa nota enviada à comunicação social que é assinada por Paulo Gomes, presidente dos sadinos.

«O Vitória FC, numa conjuntura difícil e excecional, apresentou à Autoridade Tributária uma proposta de regularização da sua situação tributária, que, como consta da própria certidão, foi aceite com reserva que não existiria noutra zona do país», acrescenta-se.

O V. Setúbal recorda os danos colaterais provocados pela pandemia de covid-19 e que levaram as instâncias desportivas as tomar decisões que apelida de «polémicas» e que redundaram em promoções, despromoções e outras decisões que estão entregues aos tribunais.

Por fim, o emblema sadino queixa-se da intransigência da Liga, diferente daquilo que diz verificar-se noutras ligas europeias. «Enquanto optaram, numa situação excecional, pela redução ou eliminação das exigências dos pressupostos, a nossa Liga adia, mantendo as condições, por 30 dias quando o campeonato se prolongou por dois meses e meio, sobrepondo o final da época desportiva à entrega dos pressupostos financeiros.»

O V. Setúbal considera que os encaixes financeiros que poderiam ser gerados através da venda de jogadores e de receitas televisivas estão, devido ao escasso tempo conferido aos clubes após o término da época desportivo, «fora da equação», o que inviabilizou o «equilíbro orçamental da temporada».

O V. Setúbal diz ainda estar a trabalhar «no limite» e que vai recorrer a todas as possibilidades legais para reverter a decisão da Liga. «A covid-19 na Liga «não é para curar, é para matar», lê-se ainda.

Os requisitos que o V. Setúbal não cumpriu, de acordo com a Comissão de Auditoria da Liga:

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