V. Setúbal: Conselho Fiscal apresenta processo-crime por factos ocorridos na SAD - TVI

V. Setúbal: Conselho Fiscal apresenta processo-crime por factos ocorridos na SAD

Bonfim

Comunicado do presidente daquele órgão

O presidente do Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD) do Vitória de Setúbal anunciou, através de comunicado enviado à Lusa, que vai avançar com um processo-crime junto do Ministério Público sobre factos ocorridos na SAD sadina.

Sem especificar pormenores, João Martins explica que a decisão não foi revelada antes para não prejudicar a defesa do clube, depois de o Vitória ter sido relegado do primeiro para o terceiro escalão do futebol português: a Liga não aceitou o licenciamento da SAD.

«Com justificação de estratégia jurídica foi solicitado a este Conselho que não tomasse determinadas posições antes do início da Liga, os quais poderiam prejudicar a defesa do Vitória. A bem do clube e para não ser considerado bode expiatório de algo menos conseguido esse pedido foi aceite. Liberto desse compromisso, vem o CFD informar que no exercício das suas funções deliberou pela apresentação de um processo-crime junto do Ministério Público sobre factos ocorridos na SAD», lê-se no documento.

«Lamentamos a total indisponibilidade do Conselho de Administração da SAD em colaborar com o Conselho Fiscal e Disciplinar em todo o trabalho desenvolvido, nomeadamente na não entrega de documentos solicitados. A direção apenas disponibilizou um único documento dos muitos solicitados», acrescenta João Martins.

O presidente do Conselho Fiscal e Disciplinar afirma ainda que deve o clube deve ir a votos porque «a eleição dos atuais órgãos sociais foi sustentada num programa cuja concretização não foi alcançado, antes pelo contrário», já que o Vitória não cumpriu os requisitos necessários para que a equipa ficasse na Liga.

O comunicado termina ainda com um pedido de deculpas.

«Embora seja da exclusiva responsabilidade da direção a gestão direta do Vitória e, de forma indireta, a da SAD, é incontornável que os atuais órgãos sociais não têm legitimidade moral para continuarem em funções por terem sido eleitos em lista única. Sentindo orgulho pelo trabalho que tem desenvolvido e que a seu tempo a Justiça se pronunciará, não pode o Conselho Fiscal e Disciplinar passar sem um humilde e sentido pedido de desculpas aos sócios do Vitória por ter acreditado e fazer acreditar num projeto que afinal não tinha a sustentabilidade que nos fizeram crer que existia.»

Continue a ler esta notícia