Sindicato dos Jogadores acusa V. Setúbal de incumprimento nos pagamentos - TVI

Sindicato dos Jogadores acusa V. Setúbal de incumprimento nos pagamentos

Chaves-Vitória Setúbal

Organismo presidido por Joaquim Evangelista considera que novo PER lesa «de forma inaceitável» as expectativas dos atletas credores dos sadinos

O Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) criticou o facto de a SAD do V. Setúbal ter alcançado a homologação de um terceiro PER (Plano Especial de Revitalização) sem que tenha conseguido cumprir os dois PER anteriormente apresentados.

Em comunicado, o organismo presidido por Joaquim Evangelista refere que o plano de pagamento homologado no mês passado pelo Tribunal Judicial da Comarca de Setúbal foi recusado pelos jogadores.

«A esmagadora maioria dos credores laborais, em especial os jogadores, votaram contra a aprovação deste plano de pagamento que o Sindicato considera lesar, de forma inaceitável, as legítimas expectativas dos atletas em receberem os seus créditos atempadamente», pode ler-se.

Na mesma nota, o SJPF diz reprovar que os regulamentos disciplinares não contemplem sanções adequadas para clubes que «recorrem à sucessão de PER's, em especial os que incumprem com planos de pagamento homologados judicialmente». Considera ainda o Sindicato que esse facto «fere a honestidade da prova».

«Por colocar em causa a sustentabilidade económica dos próprios clubes, as legítimas expectativas dos credores e a integridade da competição, colocando em manifesta desigualdade e situação de desvantagem os clubes que cumprem com as suas obrigações", refere o texto.

O Sindicato considera ainda ser lamentável que a SAD do clube setubalense continue a contratar jogadores sem que lhe sejam impostas restrições por parte de organismos competentes. «O Vitória de Setúbal continua a proceder a contratações sem qualquer restrição ou fiscalização efetiva por parte das organizações desportivas, o que significa que poderá continuar a agravar e lesar a situação financeira da SAD, bem como a defraudar as expectativas dos credores, sem que lhe seja imposta qualquer restrição», alerta, destacando a urgência de uma revisão deste modelo em prol do respeito dos direitos fundamentais dos jogadores, do princípio da igualdade entre competidores e da integridade das competições.

«Um clube em PER não pode comportar-se perante o mercado desportivo como se não estivesse intervencionado financeiramente», concluiu.

Recorde-se que recentemnte o Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol suspendeu a inscrições do V. Setúbal na Liga após o Desp. Chaves ter apresentado um recurso por alegadas falhas dos sadinos nos pressupostos financeiros apresentados.

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