PSP recuperou troféu roubado ao V. Setúbal em 2020 - TVI

PSP recuperou troféu roubado ao V. Setúbal em 2020

V. Setúbal recuperou troféu roubado em 2020

Antigo diretor desportivo tinha levado troféu oferecido ao clube em 1929 durante um torneio realizado no Brasil

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A Polícia de Segurança Pública (PSP) recuperou um troféu furtado ao Vitória de Setúbal, em 2020, que tinha sido oferecido à equipa de futebol, segundo contou à Lusa um dos vice-presidentes do clube sadino.

«A direção do Vitória Futebol Clube (VFC) informa os sócios e todos os amigos vitorianos que o troféu furtado do interior do estádio por Rodolfo Vaz [antigo diretor desportivo], foi recuperado pela PSP de Torres Vedras», informou José Correia de Almeida, vice-presidente e presidente da Mesa da Assembleia-Geral da SAD.

Segundo este dirigente, o troféu, que se encontrava numa quinta próxima da casa do antigo diretor desportivo do clube, «apresenta vários danos, que serão objeto de pedido de indemnização cível».

Rodolfo Vaz foi constituído arguido e sujeito à medida de coação de Termo de Identidade e Residência. O Vitoria de Setúbal vai constituir-se assistente no processo.

Na queixa-crime apresentada pelo Vitória de Setúbal contra o ex-diretor desportivo e desconhecidos, a que a Lusa teve acesso, o clube sadino sustenta que, «em data não concretamente apurada», mas que se situa entre o início de fevereiro e o início de março de 2020, «o denunciado [Rodolfo Vaz] retirou e levou consigo, fazendo seu» o troféu das instalações do clube, «sem que tivesse sido autorizado para tal, contra a vontade do Vitória».

O troféu em causa foi entregue em 1929 ao Vitória, durante um torneio realizado no Brasil, no qual o clube «foi agraciado com uma estatueta de bronze (…) com figuras equestres, onde constava a inscrição em latim “Ave Caeser le Victor Salvet”, galardão que constitui parte do acervo do antigo museu Josué Monteiro e que se encontrava em exposição na sala de refeições/bar que serve a equipa de futebol profissional».

Segundo a queixa-crime apresentada junto do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Setúbal, «tal objeto possuía valor monetário não concretamente apurado, mas nunca inferior» a 5.100 euros, estimando o Vitória de Setúbal que, «sendo uma obra original do escultor, o seu valor rondará» os 75 mil euros.

«Com a sua atuação, o denunciado integrou no seu património coisa alheia, atuando com intenção ilegítima de se locupletar com objeto que bem sabia pertencer ao queixoso, contra a vontade deste, o que resultou num empobrecimento do real proprietário no montante de, pelo menos, 5.100 euros, com o correspondente igual enriquecimento por banda do denunciado, consumando-se o crime com a entrada da coisa na sua esfera patrimonial», lê-se na queixa-crime.

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