Fininho abdica da II Liga e aposta na profissão de cabeleireiro - TVI

Fininho abdica da II Liga e aposta na profissão de cabeleireiro

Fininho

Jogador que contribuiu para a subida do Vizela garante que a atividade paralela e a família pesaram na hora da decisão

Hugo Miguel, conhecido por Fininho, foi uma das figuras do regresso do Vizela à II Liga, oito anos depois. A carreira do extremo, nos primeiros tempos, dividiu-se entre o futsal e o futebol, até definitivamente optar pelo ‘desporto-rei’. Esta temporada representou o Vizela pelo terceiro ano consecutivo e apesar de ter a oportunidade de jogar na II liga e se tornar profissional de futebol, Fininho pretende sair e continuar a jogar no Campeonato Nacional de Seniores. E a justificação é simples: por causa da família e também muito por culpa do seu salão de cabeleireiro, algo que concilia com o futebol há uns anos.

O Maisfutebol esteve à conversa com Fininho para perceber os motivos por trás da decisão de abandonar o clube do distrito de Braga e o que tinha mais peso na balança: se a oportunidade de calçar as chuteiras a tempo inteiro ou a opção de dividir o tempo entre os relvados e o salão de cabeleireiro, onde trabalha juntamente com a esposa e que funciona como um suplemento em termos financeiros.

«Não quero seguir o profissionalismo, não quero ir para a II Liga. Quero continuar no Campeonato Nacional de Seniores. O facto de os jogos serem durante a semana e ao fim-de-semana, pela distância das deslocações, por estar ausente de casa e do trabalho não vou continuar. O meu interesse é continuar a jogar como amador e acima de tudo perto de casa».

Aos 33 anos, Fininho já encara a carreira de uma forma diferente.

O salão HuMen’s Hairstyle, propriedade do jogador, situa-se em Vizela e funciona das 9h até às 19h. Contudo, devido ao futebol o antigo jogador de futsal não consegue estar sempre presente no salão, algo que pretende alterar num futuro próximo.

«Trabalho apenas por marcação. Pretendo alterar a situação, estar de forma mais permanente no salão até porque tenho a porta aberta e os clientes tem que se aperceber que estou lá durante todo o dia», explicou.

O jogador dos vizelenses garante que saí feliz do clube, sobretudo após ter conduzido o Vizela aos escalões profissionais. Contudo, o conforto financeiro da profissão de cabeleireiro e o nascimento do filho pesaram na hora da decisão.

«Compensa não só em termos monetários, compensa em termos de tempo. Permite-me estar mais presente, para levar os meus filhos à escola, para estar presente no salão e isso tudo colocado na balança pesa muito mais», garantiu.

A continuidade no Campeonato Nacional de Seniores e uma maior presença no salão são os projetos para o futuro do jogador. Além destas duas atividades, o extremo de 33 anos está, de há três anos a esta parte, a desenvolver um projeto de futebol de rua em Vizela.

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