Volta: W52-FC Porto a festa da vitória e um objetivo de futuro - TVI

Volta: W52-FC Porto a festa da vitória e um objetivo de futuro

Rui Vinhas

Projeto desportivo da equipa de ciclismo de Sobrado poderá passar em breve pela subida de escalão

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Depois da consagração em Lisboa, a equipa de ciclismo da W52-FC Porto regressou à cidade do Porto, onde teve à espera centenas de adeptos que fizeram questão de homenagear algumas das principais figuras da Volta a Portugal.

A equipa portista chegou ao Dragão Caixa já perto das 23:00 de domingo e foi recebida com aplausos e palavras de incentivo.

Rafael Reis, Samuel Caldeira, Joaquim Silva, António Carvalho, Ricardo Mestre, Raúl Alarcón, Gustavo Veloso e Rui Vinhas, os oito elementos da equipa vencedora da corrida, juntaram-se no pavilhão dos dragões para receberem os aplausos dos adeptos.

De camisola amarela vestida, Rui Vinhas, o vencedor da 78.ª edição da Volta a Portugal, foi o principal destaque da noite.

O improvável campeão da Volta de 2016 agradeceu o apoio de todos os portistas presentes, bem como o de todos aqueles que ao longo dos 11 dias de competição o «empurraram» até à vitória final.

«Quero agradecer a todos pelo apoio que eu e os meus colegas tivemos durante toda a competição. Aos adeptos e em especial ao presidente do clube, que esteve sempre connosco, um muito obrigado», disse o novo campeão da Volta.

O companheiro Gustavo Veloso falou também aos adeptos presentes no Dragão Caixa, demonstrando uma vez mais o grande espírito de equipa e de solidariedade que revelou ao longo de toda a corrida no seio da formação azul e branca.

«Quando ganha um de nós ganham todos», disse o espanhol e líder da equipa portista, que da edição de 2016 trouxe três vitórias em etapas.

Um autocarro panorâmico transportou depois os ciclistas para Sobrado, terra da equipa e do vencedor da Volta.

Os sobradenses ocuparam a estrada, no centro da vila, para celebrar com palmas, cachecóis e bandeiras do FC Porto e cânticos de apoio a quarta vitória consecutiva da equipa na Volta a Portugal, em outras tantas participações, numa festa em tons de azul e que levou às ruas de Sobrado mais gente do que é habitual.

No intervalo dos festejos, Nuno Ribeiro, diretor desportivo da W52-FC Porto, assumiu que o projeto desportivo da equipa de ciclismo de Sobrado poderá passar em breve pela subida de escalão.

Nuno Ribeiro explicou que as quatro vitórias alcançadas em outras tantas participações na Volta a Portugal em bicicleta são o resultado de «uma equipa forte, homogénea e que pensa sempre em crescer mais».

«Com o FC Porto (o acordo prevê uma ligação por mais quatro anos), esta época, demos mais um passo e, se calhar, no fim do ano, podemos dar mais um passo», disse Nuno Ribeiro à agência Lusa.

Esse desejado crescimento deverá ser conseguido com a subida de escalão da equipa, para Continental-Profissional, o segundo escalão do ciclismo mundial, numa lista encabeçada pela designada World Tour.

«Há abertura de toda a gente. É preciso orçamento», acrescentou o diretor desportivo da equipa dominadora do panorama velocipédico em Portugal, com «mais de 20 vitórias alcançadas só em 2016».

Algumas horas depois de Rui Vinhas, primeiro português a vencer a Volta a Portugal desde o triunfo do agora seu companheiro de equipa Ricardo Mestre, em 2011, ter oferecido a quarta vitória seguida à equipa de Sobrado, Valongo, Nuno Ribeiro não esqueceu o galego Gustavo Veloso, segundo da geral, após vitórias nos dois anos anteriores.

«A situação [sobre o vencedor da Volta] foi gerida da melhor maneira possível. O Veloso sabia que podia vencer, ganhou as etapas de montanha e o contrarrelógio e, por isso, foi o que demonstrou melhores condições, mas o Rui (Vinhas) conseguiu uma boa vantagem e defendeu-se bem», explicou.

Para Nuno Ribeiro, «estão todos de parabéns», sendo esse um sentimento que fez questão de partilhar com todos os sobradenses, pequena vila do concelho de Valongo que «produziu» quatro vencedores da Volta a Portugal.

«Sobrado é uma terra pequena, mas as pessoas têm muita paixão pelo ciclismo e são muito unidas. Estas vitórias ajudam a manter essa paixão junto dos mais novos. Não faltam interessados em correr, mas reconheço que tudo seria mais fácil com a criação de uma escola de ciclismo», referiu.

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