Comissão de Economia aprova audição da Ryanair no Parlamento - TVI

Comissão de Economia aprova audição da Ryanair no Parlamento

  • ALM com Lusa
  • 4 abr 2018, 12:33
Ryanair

Trabalhadores cumprem este quarta-feira o último de três dias não consecutivos de greve para reivindicar a aplicação da lei nacional

A Comissão parlamentar de Economia aprovou hoje por unanimidade um requerimento que visa a audição no Parlamento, com carater de urgência, de representantes da administração da Ryanair em Portugal e várias associações de aviação.

O requerimento apresentado pelo Bloco de Esquerda propõe uma audição conjunta da Comissão de Economia e da Comissão de Trabalho a representantes do Conselho de Administração da Ryanair em Portugal, a representantes do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) e a responsáveis da ACT - Autoridade para as Condições do Trabalho.

Os representantes da ANA-Aeroportos de Portugal e da ANAC irão também ser ouvidos na Comissão de Economia.

No requerimento apresentado à Comissão Parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas, o Bloco considera "incontornável convidar os representantes da Ryanair em Portugal" para dar explicações sobre as ameaças aos trabalhadores em greve, os investimentos em curso no país e a dimensão dos benefícios recebidos pela instalação de uma base para a Europa a partir de Portugal.

No documento, o Bloco repudiou ainda a atitude da empresa, que se justificou com "a lei irlandesa".

O requerimento foi apresentado no passado dia 02 de abril, no seguimento de acusações do SNPVAC, que denunciou no dia anterior, dia 01 de abril, que a Ryanair contactou tripulantes na Europa para a substituição dos grevistas portugueses, chegando inclusivamente a ameaças de despedimento.

Num memorando enviado aos trabalhadores, a que a Lusa teve acesso, a Ryanair admitiu ter recorrido a voluntários e a tripulação estrangeira durante a greve dos tripulantes portugueses.

Os trabalhadores da Ryanair cumprem hoje o último de três dias não consecutivos de greve para reivindicar a aplicação da lei nacional.

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