Defesa de Rosa Grilo quer chamar novas testemunhas - TVI

Defesa de Rosa Grilo quer chamar novas testemunhas

  • António Assis Teixeira
  • 28 jan 2020, 16:52
Chegada dos suspeitos ao tribunal

O procedimento judicial pode levar à marcação de novas sessões de julgamento

A defesa de Rosa Grilo pediu ao tribunal para serem ouvidas novas testemunhas no caso da morte do triatleta Luís Grilo, assim como nova produção de prova relacionada com os seguros.

A decisão surge depois do tribunal ter feito alterações não substanciais à acusação. Se o pedido da defesa de Rosa Grilo for aceite, podem ser marcadas novas sessões de julgamento para a inquirição dessas testemunhas e a apresentação das novas provas. Ou seja, poderá haver uma reabertura do julgamento. 

A leitura do acórdão do processo em que Rosa Grilo e António Joaquim estão acusados do homicídio do marido da arguida foi adiada no início de janeiro.

O Tribunal de Loures atribuiu exclusivamente a Rosa Grilo a ideia de matar o triatleta Luís Grilo. Esta é a principal alteração aos factos constantes na acusação e que motivaram o adiamento da sentença. 

De acordo com o despacho a que a TVI teve acesso, após a reunião entre as três magistradas e os jurados que constituem o Tribunal de Júri, "da prova produzida em audiência resultam indiciados factos que não constam, ou não constam nos seus exatos termos da acusação", o que justifica a alteração não substancial dos factos referida pela juíza na audiência de sexta-feira. 

Assim, na versão do despacho de acusação, datado de março de 2019, atribuia-se a decisão de tirar a vida a Luís Grilo a Rosa Grilo e a António Joaquim. Essa decisão teria sido tomada antes do dia 2 de junho de 2018, o que faria com que o crime tivesse sido preparado durante quase duas semanas. Nas alterações agora efetuadas, atribui-se a intenção de matar o triatleta apenas a Rosa Grilo. E essa decisão terá sido tomada "em data que não foi possível concretamente apurar, mas anterior a 14.07.2018"

Nas alegações finais, realizadas em 26 de novembro de 2019, o procurador do Ministério Público (MP), Raul Farias, pediu a condenação dos arguidos a penas de prisão superiores a 20 anos, enquanto as defesas apontaram falhas à investigação da Polícia Judiciária e pediram a absolvição dos constituintes.

Na acusação, o MP atribui a António Joaquim, entretanto posto em liberdade, a autoria do disparo sobre Luís Grilo, na presença de Rosa Grilo, que se mantém em prisão preventiva, no momento em que o triatleta dormia no quarto de hóspedes na casa do casal, na localidade de Cachoeiras, Vila Franca de Xira (distrito de Lisboa).

O crime terá sido cometido para poderem assumir a relação amorosa e beneficiarem dos bens da vítima - 500.000 euros em indemnizações de vários seguros e outros montantes depositados em contas bancárias tituladas por Luís Grilo, além da habitação.

 

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