A Boeing vai reduzir a produção do 737 Max este mês, de forma a travar o crescente risco financeiro que enfrenta, já que os voos da sua aeronave mais vendida estão proibidos um pouco por todo o mundo, depois de dois acidentes fatais.
A empresa informou na sexta-feira que a partir de meados de abril reduzirá a produção do avião de 52 para 42 por mês, para que se possa concentrar em solucionar a avaria no 'software' de controlo de voo que tem sido apontado como responsável pelos acidentes.
A Boeing já havia suspendido as entregas do 737 Max em março.
Relatos preliminares sobre acidentes na Indonésia e na Etiópia revelaram que as falhas na leitura dos sensores fizeram disparar erradamente um sistema que empurrou o nariz do avião para baixo. Os pilotos de ambos aviões tentaram em vão retomar o controlo do sistema automatizado.
Um Boeing 737 Max 8 Jet da Ethiopian Airlines despenhou-se em 10 de março pouco depois de ter descolado de Adis Abeba, capital da Etiópia, matando todas as 157 pessoas a bordo.
Este foi o segundo acidente com este modelo de avião em cinco meses, depois da queda de outro aparelho da Lion Air, na Indonésia, que provocou 189 mortos.