O designer de moda Karl Lagerfeld morreu esta terça-feira, aos 85 anos. Lagerfeld era considerado um dos grandes ícones da indústria da moda.
De acordo com a imprensa francesa, o diretor criativo da Chanel morreu esta manhã no Hospital Americano, em Paris, depois de ter sido hospitalizado de urgência na segunda-feira.
O estado de saúde do designer alemão era motivo de preocupação há algumas semanas. De resto, no úlltimo desfile da Chanel, que ocorreu na semana da moda de Paris, em janeiro, o estilista já não esteve presente, o que aconteceu pela primeira vez desde que assumiu a direção criativa da marca. Na altura, a casa de moda francesa disse que o designer estava cansado.
Vai ser substituído na direção criativa da Chanel por Virginie Viard, o seu braço direito há mais de 30 anos.
Nascido em Hamburgo, filho de uma empresário do setor do leite, Lagerfeld emigrou cedo para Paris, quando ainda era adolescente.
Venceu o concurso organizado pelo Secrétariat de la Laine, ex-aequo com Yves Saint Laurent (que morreu em 2008), de quem se tornou amigo
Depois, em 1955, tornou-se assistente de Pierre Balmain.
Trabalhou na Chloé e na Fendi, mas foi na Chanel, a casa francesa à qual se juntou em 1983, uma década após a morte da fundadora, Coco Chanel, que alcançou o estatuto de estrela da indústria da moda.
Lagerfeld esteve na Chanel até à sua morte, um tempo recorde de 36 anos. Os seus desfiles, em cenários distintos que reconstituiam supermercados, galerias de arte ou a rua, eram um sucesso nas redes sociais.
O designer também lançou a sua própria linha de roupa, colaborou em diversos projetos artísticos, abriu uma livraria em Paris, a 7L, lançou uma editora literária, a Editions L7, e abriu uma galeria dedicada à fotografia.
A fotografia era mesmo uma das suas paixões, tendo chegado a fotografar as suas campanhas.
A sua mudança de visual, no início da década de 2000, com a perda de 42 quilos, levou-o a publicar um livro “The 3D Diet”, que, de acordo com informação divulgada no 'site' de Karl Lagerfels, “vendou dezenas de milhares de cópias em todo o mundo”.
A sua imagem era emblemática e reconhecida mundialmente: o cabelo branco, apanhado, quase sempre de óculos escuros, de luvas e colarinhos subidos.
Recentemente, em 2017, desenhou duas suites do Hôtel de Crillon, em Paris, e, no ano passado, um hotel de seis estrelas, com 290 quartos, em Macau.
Nas redes sociais, várias personalidades como Donatella Versace ou Victoria Beckam têm reagido à morte do estilista.