Bebé retirado à força a grávida assassinada abriu os olhos ao colo do pai - TVI

Bebé retirado à força a grávida assassinada abriu os olhos ao colo do pai

  • 21 mai 2019, 16:04
Marlen Ochoa-Lopez estava grávida de nove meses quando desapareceu

Recém-nascido está em estado grave depois de ter sido nascido de cesariana improvisada por duas mulheres que se aliaram para matar a mãe

O filho de Marlen Ochoa-Lopez está em estado grave, mas abriu os olhos pela primeira vez ao colo do pai. A família de Ochoa-Lopez espera que o recém-nascido recupere, depois de o bebé ter sido arrancado da barriga da mãe por duas mulheres que, minutos antes, a tinham assassinado. A criança nasceu no passado dia 23 de abril, o mesmo dia em que a mãe foi vista pela última vez. Foi nessa mesma data que os bombeiros receberam uma chamada pedindo ajuda para um recém-nascido que nascera em casa, e que acabou transportado para o hospital porque não respirava quando as equipas de emergência chegaram junto dele.

Entretanto, o gabinete do xerife do condado de Cook, em Chicago, está a inquirir junto do departamento local de proteção de menores se o hospital que assistiu o bebé e para onde as suspeitas também se dirigiram cumpriu o protocolo no que respeita ao nascimento da criança.

As autoridades querem saber se o hospital violou a lei ao não comunicar de imediato que uma mulher, que dizia ser a mãe do recém-nascido, não tinha afinal dado à luz. A mulher, Clarissa Figueroa, e a filha, Desiree, foram entretanto acusadas do homicídio de Marlen Ochoa-Lopes, de 19 anos, que estava grávida de nove meses.        

Segundo o Ministério Público, citado pela ABC, um funcionário do Christ Medical Center, onde as duas suspeitas estiveram com bebé, limpou sangue dos braços, face e mãos de Clarissa Figueroa, mas não se sabe até ao momento se verificou se a mulher tinha efetivamente passado por um parto. 

A família também pede respostas: "Estou a pensar or mim, se vejo alguém entrar com um bebé, com um cordão umbilical e placenta, porque é que a mãe parece de boa saúde, sem sangue, roupas normais. Para mim não faz sentido", disse o advogado dos Ochoa-Lopez, Frank Avila.

Em comunicado, o Christ Medical Center refere apenas que a equipa médica se empenha em reunir regularmente com doentes e famílias para assegurar que existe um diálogo aberto sobre os possíveis tratamentos, alegando que, "por respeito pela privacidade da família", não pode entrar em pormenores sobre o que aconteceu. 

O funeral de Marlen Ochoa-Lopez realiza-se no próximo sábado e a liga dos cidadãos latino-americanos já garantiu que vai apresentar queixa da polícia de Chicago em nome da família, devido à forma como dizem ter sido tratados os familiares mais próximos, que garantem que as autoridades não levaram a sério o desaparecimento de Marlen. A jovem levou duas semanas a ser localizada, já sem vida, num contentor do lixo em casa das suspeitas do crime. 

O porta-voz da polícia de Chicago garante que qualquer ação contra os agentes será investigada de forma independente.

Continue a ler esta notícia