Dias antes do ataque a várias bases norte-americanas com misseis balísticos no Iraque, o presidente americano tinha ameaçado que, caso o ataque acontecesse, os Estados Unidos da América destruiriam 52 locais iranianos " de alto nível e muito importantes para o Irão e para a cultura iraniana".
Apesar de não o ter especificado, o alerta do presidente americano deixa no ar a possibilidade de alguns dos 22 monumentos classificados como património cultural da Unesco serem alvos de ataques.
Iran is talking very boldly about targeting certain USA assets as revenge for our ridding the world of their terrorist leader who had just killed an American, & badly wounded many others, not to mention all of the people he had killed over his lifetime, including recently....
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) January 4, 2020
....targeted 52 Iranian sites (representing the 52 American hostages taken by Iran many years ago), some at a very high level & important to Iran & the Iranian culture, and those targets, and Iran itself, WILL BE HIT VERY FAST AND VERY HARD. The USA wants no more threats!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) January 4, 2020
Os 52 lugares de que Donald Trump falou correspondem ao número de americanos que foram feitos reféns durante mais de um ano, no final de 1979, na embaixada dos Estados Unidos em Teerão.
Hassan Rouhani, líder do regime iraniano, respondeu que “aqueles que se referem ao número 52, deviam também lembrar o número 290”, em referência ao ataque contra um avião iraniano que transportava 290 passageiros.
Those who refer to the number 52 should also remember the number 290. #IR655
Never threaten the Iranian nation.
— Hassan Rouhani (@HassanRouhani) January 6, 2020
Os Estados Unidos não querem mais ameaças!", escreveu o líder norte-americano.
Antes deste novo aumento de provocações, a NATO já tinha anunciado a retirada temporária de parte da sua força do Iraque, depois de ter suspendido a sua missão de treino de militares iraquianos, no meio da escalada de tensão no Médio Oriente.
Pelo mesmo motivo, as forças armadas alemãs também anunciaram a retirada de parte dos soldados atualmente estacionados no Iraque em missões de formação e a transferência para a Jordânia e para o Koweit.