Irão diz que deu "bofetada na cara" dos EUA - TVI

Irão diz que deu "bofetada na cara" dos EUA

  • Sofia Santana
  • atualizada às 12:05
  • 8 jan 2020, 09:40
Ayatollah Ali Khamenei

O líder supremo do Irão, Ayatollah Ali Khamenei, e o presidente iraniano, Hassan Rouhani, avisaram que Teerão querem o fim da presença norte-americana no Médio Oriente

O líder supremo do Irão, Ayatollah Ali Khamenei , afirmou que o ataque de Teerão a bases norte-americanas no Iraque foi uma "bofetada na cara" dos norte-americanos.

Acabámos de lhes dar uma bofetada na cara", afirmou, num discurso transmitido em direto na televisão iraniana. 

Ayatollah Ali Khamenei frisou, porém, que "esta retaliação, estas ações militares não compensam". E avisou que os iranianos querem mesmo é o fim da presença norte-americana no Médio Oriente. 

É importante que a presença corrupta da América nesta região chegue ao fim", frisou.

Na mesma linha, o presidente iraniano, Hassan Rouhani, escreveu, numa mensagem no Twitter, que a resposta final ao assassinato de Soleimani será a "expulsão das forças dos EUA da região".

Dezenas de mísseis foram lançados esta quarta-feira pelas forças iranianas contra duas bases aéreas norte-americanas no Iraque. Até ao momento, as autoridades iraquianas não têm registo de possíveis vítimas. No Twitter, o presidente norte-americano, Donald Trump, escreveu que "está tudo bem".

O certo é que estes desenvolvimentos aumentam a tensão entre Teerão e Washington, depois de a morte do general iraniano Qassem Soleimaninum ataque dos Estados Unidos no Iraque, ter levado a uma escalada de tensão entre os dois países. 

A morte de Soleimani, comandante da força de elite dos Guardiães da Revolução iranianos, Al-Quds, encarregado das operações fora do Irão e arquiteto da estratégia iraniana no Médio Oriente, chocou a República Islâmica e levantou temores de outra guerra no Médio Oriente.

No funeral do general, Aiatola Khamenei prometeu vingança contra os EUA. Por sua vez, o presidente iraniano, Hassan Rohani, alertou que Washington vai sofrer "as consequências" do assassínio do general "não apenas hoje, mas ao longo dos próximos anos”.

O presidente norte-americano, Donald Trump, respondeu às ameaças, alertando que os Estados Unidos identificaram 52 locais no país e os atacariam "muito rapidamente e com muita força" se a República Islâmica atingisse pessoal ou alvos norte-americanos. Alguns desses locais iranianos "são de alto nível e muito importantes para o Irão e para a cultura iraniana", disse Trump numa série de mensagens no Twitter.

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